Eurodeputado João Ferreira traça quadro negro da economia portuguesa

O eurodeputado João Ferreira traçou esta segunda-feira um quadro negro da economia portuguesa, afirmando que “a situação nacional não confirma, pelo contrário, desmente a tese defendida pelo governo minoritário do PS de que é possível responder aos problemas estruturais do país, submetendo-o simultaneamente ao quadro de imposições e de constrangimentos que emanam da União Europeia…

João Ferreira, que encabeçará novamente as listas comunistas ao Parlamento Europeu nas eleições do próximo dia 26 de maio, falava em Braga durante a sessão de abertura das Jornadas Parlamentares do PCP, salientou que “em 2017 o crescimento económico de 2,8%, embora insuficiente, pareceu quase razoável”, acrescentando que “deveu-se à natural recuperação da prolongada recessão que o país tinha sofrido, ao crescimento da procura interna, alimentada pelas medidas de recuperação de rendimentos (inseparáveis da iniciativa do PCP e ao crescimento das exportações, especialmente do turismo”.

Segundo o eurodeputado comunistas, “mas em 2018, o crescimento já baixou para 2,1% e para 2019, Banco de Portugal, Comissão europeia e FMI prevêem 1,8%”, considerando que “estamos perante a regressão ao crescimento médio do Euro (qie foi de 1,6% na primeira década, baixando significativamente na segunda década”.

João Ferreira criticou igualmente “o baixo crescimento, a perspetiva de regresso à estagnação, que é uma das consequências da trajetória do défice e da dívida imposta pela União Europeia – algo aceta pelo PS e também por PSD e CDS – mas não por todos os países da União Europeia”, apontando os casos de França ou de Itália.