Fim da guerra comercial entre China e EUA pode estar próximo

Os dois países reuniram-se para o último de dois dias de reuniões para discutir a aplicação de tarifas.

Em Washington foi aberta ontem uma nova ronda de negociações entre a China e os Estados Unidos e, ao que tudo indica, o fim da guerra comercial está cada vez mais próximo. Os dois países terão começado a traçar um plano para acabar com o conflito que já dura há sete meses, o que representa o progresso mais significativo até agora.

Esta será já a quarta ronda de negociações. Nas reuniões da semana passada, em Pequim, os dois países terão começado a trabalhar em conjunto para encontrar soluções para um possível acordo.

As linhas gerais a ser discutidas passam por questões como transferência forçada de tecnologia e roubo cibernético, direitos de propriedade intelectual, barreiras ao comércio, serviços, taxa de câmbio e agricultura, de acordo com fonte do jornal brasileiro Época Negócios.

 Isto acontece depois destas economias terem aplicado tarifas uma sobre a outra, o que afetou a economia global e o mercado. Em linhas gerais, as divergências entre os dois países começaram por exigências por parte dos Estados Unidos no que toca a mudanças estruturais na economia chinesa. Já os Estados Unidos acusam a China de fazer com que empresas do país partilhem a tecnologia com parceiros locais e que sejam entregues segredos de propriedade intelectual.

Terça-feira foi o primeiro dia em que estas conversações tiveram lugar nos Estados Unidos. Segundo Donald Trump, embora sejam complexas, as negociações estão a correr “muito bem”. Tanto que o presidente do Estados Unidos pondera mesmo estender a paragem temporária deste conflito por mais 60 dias que o limite marcado para o primeiro dia de março. Durante este tempo, o aumento de 10% a 25% nas tarifas norte-americanas sobre produtos chineses foi suspenso. Donald Trump acredita que a China “está a tentar mudar rapidamente” para que estas tarifas não voltem a ser aplicadas.

A defender os interesses da China estará Liu He, vice primeiro-ministro. Do lado dos Estados Unidos estão presentes o representante do Comércio norte-americano, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.