Marinha instaura processo disciplinar a militar por “importunação sexual” de candidato

Militar fez-se passar por médico e disse ao candidato que o queria examinar

Marinha instaura processo disciplinar a militar por “importunação sexual” de candidato

A Marinha anunciou, esta segunda-feira, que instaurou um processo disciplinar a um militar por alegada "importunação sexual" de um candidato ao concurso de praças, nas instalações navais em Alcântara, em Lisboa. O caso já foi comunicado à Polícia Judiciária Militar (PJM).

"Na manhã de 21 de fevereiro foi comunicado ao oficial de serviço às instalações navais de Alcântara, por um dos candidatos ao concurso de praças, uma situação em que tinha sido abordado por um militar que, alegadamente, dizia ser médico e que referiu haver a necessidade de o examinar", refere a Marinha em comunicado enviado à agência Lusa.

O candidato estava a pernoitar nas instalações devido ao calendário de provas a realizar, e os seus relatos acerca dos atos praticados pelo militar revelaram-se “compatíveis com importunação sexual".

O militar em causa foi identificado e “não é médico”. A Marinha “desencadeou, de imediato, todos os procedimentos previstos, comunicou a ocorrência à PJM e instaurou um processo disciplinar”, lê-se no comunicado.

O candidato e o militar identificado foram ouvidos pela PJM nesse mesmo dia ao final da tarde. De acordo com o mesmo documento, "o militar foi preventivamente afastado do espaço onde os candidatos circulam, até ao completo esclarecimento dos factos”.

A instituição militar garantiu foi disponibilizado, de imediato, apoio psicológico ao candidato. "A Marinha não se revê, nem tolera, este tipo de comportamento", garante, salientando que "tem estado a colaborar com as autoridades e permanece disponível para cooperar no que for necessário, com vista ao apuramento cabal de todos os factos", é ainda referido no comunicado.