“Aos 13 anos começou a namorar com o Luís. Perdeu dois anos do liceu e depois vieram as drogas”

Rosa e Luís Grilo tinham passado marcado pela dependência de drogas 

Os pais de Rosa Grilo, viúva de Luís Grilo, o triatleta assassinado no ano passado, garantem que o casal tinha um passado marcado pela dependência de drogas, nomeadamente heroína.

“Fizemos tudo para os ajudar, mas falhámos. Choro todos os dias pelo Luís”, começa por dizer Maria Antónia, mãe de Rosa Grilo, a viúva que arrisca 25 anos de cadeia pelo homicídio do marido, citada pelo Correio da Manhã.

“Aos 13 anos começou a namorar com o Luís, sete anos mais velho. Perdeu dois anos do liceu e depois vieram as drogas. Mas fizemos tudo, gastámos o que tínhamos e que não tínhamos. Sempre os ajudámos para que conseguissem refazer a vida”, acrescentou.

Segundo o pai de Rosa Grilo, Américo Pina, em declarações ao mesmo jornal, terá sido por culpa de Luís Grilo que Rosa começou a consumir. “Começou a consumir, devia ter mais ou menos 16 anos. Foram anos difíceis, casou com 22. Recuperavam, recaíam, voltavam quando queriam dinheiro”, contou.

Os pais de Rosa confirmam a tese da filha, que alega que Luís Grilo a chegou a agredir. “Era por causa da droga. Ele queria que ela viesse buscar dinheiro e pelo menos uma vez bateu-lhe. Demos o que ele queria e eles voltam a ficar juntos”, recordou Américo.

Também a irmã de Luís Grilo confirma a violência entre o casal. No entanto, faz acusações diferentes. “Ela queria comprar e ele não. Agrediu-a porque não queria recair”, disse ao Correio da Manhã.

A mãe de Rosa Grilo conta ainda que o triatleta Luís Grilo começou no triatlo para deixar o vício pelas drogas. “O desporto começou e foi um vício. Foi a forma de ele sair das drogas e melhorar a vida. Foi assim que se tornou triatleta”, contou Maria Antónia.

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