Investigação confirma uso de armas químicas na Síria

Inspetores da Organização para Proibição de Armas Químicas (OPCW) confirmaram, esta sexta-feira, a utilização de “químicos tóxicos” à base de cloro em abril, contra a cidade de Douma, sitiada pelo governo de Bashar al-Assad

Inspetores da Organização para Proibição de Armas Químicas (OPCW) confirmaram, esta sexta-feira, a utilização de "químicos tóxicos" à base de cloro, contra a cidade de Douma, a 7 de abril de 2018. Armas de cloro são proibidas pela Convenção de Armas Químicas, ratificado pela Síria em 2013. O ataque matou dezenas de civis e levou a ataques aéreos, de retaliação contra o governo sírio de Bashar al-Assad, por parte dos Estados Unidos, França e Grã-Bretanha. Damasco negou ter alguma vez ter utilizado armas químicas.

Durante a investigação, os inspetores do OPCW visitaram a cidade, entrevistaram testemunhas e tiraram amostras que foram analisadas em laboratório. Não imputaram a culpa do ataque diretamente ao governo de Bashar al-Assad, mas é de notar que à altura, a cidade era um bastião dos rebeldes, cercado pelas forças governamentais. 

Relatórios anteriores, feitos em conjunto pelas Nações Unidas e pela OPCW,  tinham confirmado que o regime sírio tinha usado gás sarin e bombas de cloro em diversas ocasiões, tendo utilizado também gás mostarda contra militantes do Estado Islâmico.