A tensão entre a Índia e o Paquistão

A Índia e o Paquistão estão à beira de um grande confronto depois de acusações de ambos os lados. As duas potências podem fazer estragos por serem forças nucleares.

A Rússia e a China aconselharam calma a ambos países, e Imran Khan, o primeiro-ministro do Paquistão, já disse publicamente que está disponível para dialogar com Modi, a única forma de resolver este diferendo de uma vez por todas.

Este clima hostil foi criado pela afirmação das lideranças dos dois países.

Por um lado, temos Narendra Modi, um líder popular que já não é tão popular, e alguns politólogos são da opinião que as sondagens não lhe são muito favoráveis.

Logo, este incidente neste território (Caxemira, que está em disputa há vários anos entre os dois países) veio trazer Modi outra vez para a ribalta.

O primeiro-ministro indiano caminhava a largos passos para um segundo mandato, quando de repente percebeu que a sua rival deixou de ser a ítalo-indiana Sónia Gandhi para o filho desta, Raul Gandhi.

Este apelido, que podemos equiparar à família Kennedy nos Estados Unidos, não deixa de ser uma ameaça política para Modi.

O filho de Rajiv Gandhi tem todos os predicados para ser um concorrente com mais conhecimento e mais ‘mundo’ que Modi.

Por outro lado, temos Imran Khan, a antiga estrela do desporto, o críquete, que é visto como uma salvação para o seu país.

Após a morte de Ziya Ul Hak, o Paquistão nunca teve alguém com tanta popularidade como este Presidente.

Quer acabar com a corrupção e quer pôr o país no mapa, não só dos conflitos mas também como um país versátil e bom para investimentos.

Khan tem excelentes segundas linhas (ministros), não tem concorrência neste momento a nível político, e quer usar o exemplo político e económico da Índia, que ao contrário do Paquistão está sempre a crescer a todos os níveis.

A Índia teve sempre uma política de crescimento sustentável ao longo dos anos, e continua a demonstrar essa robustez ano após ano.

É um país exemplar, com uma força de produção de mão de obra qualitativa, um tecido industrial que já consegue concorrer com a China.

O Paquistão sempre teve dificuldade em afirmar-se, porque, após a morte de Ziya ul Haq, nunca teve um líder com uma visão tão clara e empreendedora no campo político e financeiro.

A paz foi quase sempre difícil de alcançar devido aos problemas que foram sempre prejudicando o desenvolvimento do país, ao longo dos anos, o problema das guerras no Afeganistão, a corrupção interna, entre outros.

Esta não é uma ‘guerra’ religiosa, porque cerca de 1/3 da população indiana é muçulmana: esta é uma afirmação da força das lideranças dos dois países, cada um à sua maneira.

Há famílias separadas, por esta ‘rivalidade’ há vários anos, desde a separação dos dois países, ou se quisermos dizer da independência do Paquistão, podemos utilizar o exemplo das famílias separadas das Coreias do Norte e do Sul que só se podem encontrar em terreno neutro, as relações diplomáticas entre os dois países sempre foram tensas.

A autoridade legítima não se pode encontrar de uma forma pura, existe o aparecimento recorrente de qualidades carismáticas imputadas a um exercício de autoridade por parte da força de um país, espetacular, extraordinário ou disruptivo.

Sob condições de tensão, em funções específicas de decisão e de exercício de poder.