PJ investiga alegado fogo criminoso que matou homem no Porto

A Polícia Judiciária está a investigar as alegadas razões criminosos na origem do incêndio urbano que matou um homem este sábado no centro da cidade do Porto. 

Nas semanas que antecederam a trágica morte de um homem de 55 anos, António Gonçalves, que durante esta madrugada de sexta-feira para sábado morreu carbonizado, quando dormia com a família num edifício habitacional situado 

Na Rua de Alexandre Braga, na zona da "Baixa" do Porto, já tinha havido outro incêndio e uma tentativa de "despejo" forçado com "dois homens musculados", segundo apuramos esta segunda-feira no local.

A vítima mortal estava a dormir no terceiro andar do número 100 da Rua de Alexandre Braga, junto ao Mercado do Bolhão agora em obras, quando foi surpreendido pelas chamas, que eclodiram no segundo andar, enquanto a mãe e dois irmãos, que dormiam no primeiro andar, escaparam da morte.

No rescaldo do incêndio mortal, o comandante do Batalhão de Sapadores Bombeiros do Porto, major Carlos Marques, confirmou aos jornalistas a ocorrência de um incêndio no mesmo edifício, duas semanas antes, num fim de semana, mas sem adiantar mais pormenores.

O cabeleireiro Ernesto Borges, vizinho do prédio em chamas este sábado,  lamentou "esta triste situação", tendo assistido aos ímpetos dos dois "seguranças" no sábado anterior, durante tarde, junto ao antigo Café Bica, tendo sido todo o imóvel adquirido recentemente por um cidadão chinês.

Um casal cuja mulher está grávida, que reside no edifício contíguo, também conseguiu evitar a morte, fugindo, mas a sua residência está igualmente destruída pelo fogo, que se suspeita ter origem criminosa.

Esta manhã de segunda-feira feira os destroços do incêndio estão a ser removidos por operários da Câmara Municipal do Porto, na presença de técnicos da Proteção Civil do Porto, depois da Polícia Judiciária ter feito peritagens no local.