19 funcionários das Nações Unidas morreram na queda do avião da Ethiopian Airlines

Já foi encontrada a caixa negra do avião, que caiu seis minutos após a descolagem

Dezanove funcionários das Nações Unidas e seis membros do The World Food Programme seguiam a bordo do Boeing 737 que caiu no passado domingo, quando se dirigiam para a conferência anual do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUE), cuja sede se situa em Nairóbi, no Quénia. Tal como os restantes passageiros e tripulação que seguiam nesse avião, nenhum sobreviveu.

António Vitorino, diretor geral da Organização Internacional para as Migrações (OIM), já veio informar que 19 membros da ONU perderam a vida naquele acidente. Um membro do Programa Mundial de Alimentos (PAM), outro do PNUE e vários do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) são algumas das vítimas desta tragédia.

Também António Guterres, secretário-geral da ONU, já veio lamentar as mortes resultantes deste acidente, mostrando solidariedade para com as famílias das vítimas deste desastre, não esquecendo os funcionários das Nações Unidas que também ali perderam a vida. 

A caixa negra da aeronave, que foi recuperada esta segunda-feira em Bishoftu, a 42 quilómetros de Adis Abeba, de onde tinha partido o voo, deverá permitir agora aos investigadores apurar as causas deste acidente, que vitimou 157 pessoas oriundas de mais de 35 países diferentes. Segundo a agência Reuters, foi possível recuperar tanto a gravação digital como a da voz do piloto. No entanto, à Associated Press, um representante da companhia aérea revelou que a caixa está parcialmente danificada e que, por esse motivo, vão “ver o que se pode recuperar”.

A dificuldade de acesso ao local do acidente tem tornado complicada a tarefa de encontrar os registos deste que já é o segundo acidente com um Boeing 737 MAX nos últimos meses. O primeiro ocorreu a 29 de dezembro do ano passado, quando o avião passava ao largo da costa da Indonésia. Deste acidente também não houve registo de sobreviventes.