Autores de tiroteio em S. Paulo eram ex-alunos da escola

Os atiradores eram ex-alunos da escola, tendo disparado a matar sobre antigos colegas e funcionárias

Dois atiradores, Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Henrique de Castro, de 25, mataram cinco alunos e duas funcionárias da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, no estado de São Paulo, causando também nove feridos, cujo estado de saúde ainda não foi divulgado. Ambos os atiradores se suicidaram ao serem encurralados pelas forças policiais no interior da escola.

Taucci também baleou o seu tio, Jorge António de Moraes, dono do stand automóvel onde trabalhava, tendo roubado o veículo em que chegou à escola. O tio foi socorrido, mas acabou por falecer.Ambos os assassinos eram antigos alunos da escola. Chegaram ao local por volta das 9h30, encontrando o portão aberto.

Estavam encapuzados com máscaras, uma delas com um desenho de uma caveira, e armados com um revólver de calibre 38, quatro carregadores, cocktails molotov, uma besta com flechas e um machado.“Eles ingressaram na escola, atiraram na coordenadora pedagógica, atiraram noutra funcionária. Estava na hora do lanche, eles se dirigiram ao pátio, atiraram em mais quatro alunos do ensino médio [secundário em Portugal]”, descreveu o coronel Marcelo Salles, comandante-geral da polícia militar de São Paulo, que acrescenta que os alunos “se fecharam na sala com a professora e eles [atiradores] se suicidaram no corredor”.

Taucci publicou fotos no Facebook, num perfil sob o nome de “Guilherme Alan”, poucas horas antes do ataque, com uma máscara com uma caveira e com uma arma, tendo avisado vários colegas para “ficarem espertos” três dias antes, segundo reporta a “Veja”.

Os familiares de ambos os rapazes descreveram-nos como perfeitamente normais, e os colegas garantem que nenhum deles sofria bullying, apesar de várias pessoas referirem os complexos de Taucci com o seu acne.

Este tiroteio numa escola secundária surge num momento em que é discutida a liberalização da posse de arma no Brasil, uma medida pretendida pelo presidente Jair Bolsonaro.