TVI está a analisar concurso para canal de informação na TDT

“Agitar de águas” leva a queixas diz o diretor de informação do canal de televisão, justificando assim o número de queixas que têm chegado à ERC.

O diretor de informação da TVI revelou que está a analisar o concurso para a atribuição de uma licença para um canal de informação na plataforma de televisão digital terrestre (TDT).

“Tendo a TVI um canal especializado em informação e estando esse tipo de canais em aberto para um concurso, seremos candidatos naturais a olhar para isso”, disse à Lusa.

O mesmo não acontece com um canal desportivo com Sérgio Figueiredo a afastar esse cenário, considerando que o mercado tem bastante concorrência e apontado que o lançamento de um canal por parte da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) distorce o mercado.

"Temos uma componente de informação de desporto muito importante dentro da TVI 24 que não abdicamos, mas temos que nos adaptar às circunstâncias, porque tem sido precisamente aí que tem aumentado a concorrêcnia e a oferta no cabo", a qual "vai continuar pelos vistos" porque a FPF "também decidiu tornar-se um operador de televisão em Portugal", apontou o diretor de informação.

Já em relação à hipótese de a Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) fazer alguma intervenção nesta área, afirmou: "Não tenho a pretensão de ser regulador, já dá muito trabalho ser regulado".

"Agitar de águas" leva a queixas

Quanto às queixas que têm sido enviadas à ERC sobre programas de informação da TVI, nomeadamente o "Ana Leal", o responsável justificou isso com o "agitar de águas". 

"O jornalismo sossegadinho e o jornalismo que não questiona, nem faz o seu trabalho, esse é garantido que não sofre pressões nem queixas em lado nenhum, é evidente que, quando cumprimos com o nosso papel, que passa por questionar, denunciar as coisas que estão mal na sociedade", surgem queixas, considerou.

"É normal que as pessoas se questionem e incomodem, o fundamental para a sociedade portuguesa é perceber, já agora, que não fazemos isto com uma agenda por trás". E, na mesma entrevista, garantiu: "A direção de informação não tem uma agenda e, se a tem, é o país".