ANA afasta acusações de falta de segurança nos aeroportos

Em causa está um acidente ocorrido na noite de 22 de outubro de 2016, quando um ATR 72, operado pela White Airways, em nome da TAP Express, teve problemas na aterragem. 

 A ANA afastou ontem as acusações de falhas que lhe são imputadas na gestão de um acidente com um avião da TAP, em 2016, assegurando que o Aeroporto de Lisboa segue “os mais altos padrões de segurança” em situações de emergência. Esta reação surgiu depois de o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários (GPIAAF) ter recomendado à empresa que reveja o Plano de Emergência do Aeroporto (PEA) de Lisboa, “por forma a garantir um processo robusto de tomada de decisão quanto à reabertura do aeroporto após um evento de ocupação de pista”, depois daquele organismo apontar várias falhas na gestão do acidente com um ATR 72, revelou à Lusa.

Em causa está um acidente ocorrido na noite de 22 de outubro de 2016, quando um ATR 72, operado pela White Airways, em nome da TAP Express, teve problemas na aterragem. O avião que saiu do Porto para Lisboa contava com 20 passageiros e quatro tripulantes e na aterragem sofreu danos substanciais no trem de aterragem dianteiro, no trem principal esquerdo e em painéis da fuselagem dianteira, após embater quatro vezes na pista, sem causar feridos.

No entanto, em relação às conclusões do relatório final deste acidente, a ANA diz que “questionou o GPIAAF sobre as eventuais irregularidades no cumprimento do plano de emergência (…), estranhando a ausência de uma resposta por parte” desta entidade. Já em relação à falta de rigor na avaliação de risco que antecede a reabertura da pista, apontada pelos investigadores do GPIAAF, a empresa “esclarece que todos os procedimentos foram cumpridos em conformidade com a regulamentação aplicável à data”.

A ANA diz ainda que, “durante todo o processo, houve contacto permanente com o presidente do GPIAAF, a quem foram reportadas em tempo real todas as informações e desenvolvimento dos acontecimentos”.

Quanto à remoção da aeronave acidentada da pista, a gestora aeroportuária refere que é responsabilidade da companhia aérea e que foram seguidos os procedimentos definidos no plano de emergência do aeroporto. “A ANA coordenou com a TAP a condição que a aeronave deveria observar para proceder à sua remoção e disponibilizou os meios do aeroporto, para que fossem utilizados. Foi opção da companhia aérea que a aeronave fosse retirada com os meios da própria. Acrescentamos que o Aeroporto de Lisboa tem meios para elevação e remoção do tipo de aeronave mais frequente no aeroporto, portanto, de dimensão superior à aeronave em causa”, explica a empresa.