Sindicato diz que milhares de escolas não abriram portas no segundo dia de greve

“É difícil apontar um número porque estas greves são dinâmicas”, explicou Artur Sequeira

"Há milhares de escolas fechadas" por todo o país, esta sexta-feira, garantiu o sindicalista Artur Sequeira, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, que falou numa adesão entre 75% e 80% dos funcionários não docentes.

"É difícil apontar um número porque estas greves são dinâmicas", afirmou o sindicalista, acrescentando: "há escolas que fecham o dia inteiro, outras só de manhã ou só de tarde e até algumas que não fecham quase sem funcionários. A adesão foi crescendo".

Sublinhe-se que este já é o segundo dia de greve dos funcionários das escolas, numa greve convocada pela CGTP, para exigir aumentos salariais, integração nos quadros e a criação de uma carreira específica.

Já na quinta-feira, Artur Sequeira, da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FSTFPS), afeta à CGTP, tinha defendido que a solução para o setor passava por concursos para novas contratações e integração de precários.

No mesmo dia, a secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão, terá garantido em declarações à TSF, que a maioria das 1067 vagas para quadro não será preenchida pelos 2500 funcionários contratados durante esta legislatura.

Na sequência dessas declarações, o sindicalista acusa a governante de não dar respostas às reivindicações: vinculações nos quadros, aumentos salariais e recuperação de uma carreira específica.

Para Artur Sequeira, esses assistentes operacionais não podem ser impedidos de concorrer. Nem esses, nem os que estão abrangidos pelo programa de regularização de vínculos (Prevpap) ainda à espera da abertura de concursos.