Montepio. Vai ser inaugurado o 1.º balcão de proximidade em Abraveses

Depois de Viseu será a vez de Estarreja e Vila Pouca de Aguiar, zonas onde a Caixa fechou balcões.

O Banco Montepio inaugura esta segunda-feira o primeira balcão de proximidade, em Abraveses, em Viseu. “Com esta rede de balcões de proximidade, o Banco Montepio pretende reinventar-se e prestar um serviço de maior excelência aos seus clientes, com base na convicção de que estar mais perto das pessoas que precisam de serviços bancários é uma obrigação”, diz a instituição financeira, em comunicado.

Esta aposta foi revelada, em setembro, por Carlos Tavares, na altura presidente do banco, agora chairman. O objetivo passa por abrir balcões em vários “territórios menos urbanos” com pouca oferta de serviços bancários, onde pode haver margem de crescimento do negócio bancário, perante a dificuldade de fazer crescer a margem financeira que atribuiu “à tendência recente de ‘guerra de preços’ que se instalou”. De acordo com o responsável, a ideia é simples: “ensaiar um projeto de abertura de pequenos balcões, com custos controlados e em zonas com potencial para ser rentabilizado”, adiantou. 

A par de Abraveses também Avanca (Estarreja) e Pedras Salgadas (Vila Pouca Aguiar) são outras das localizações onde o Montepio quer abrir balcões, aliás zonas onde a Caixa Geral de Depósitos (CGD) fechou operações recentemente. Ao mesmo tempo, pretende avançar com este novo modelo de agência em Fão (Esposende), Ferro (Covilhã), Ferreira do Alentejo e Oiã (Oliveira do Bairro).

Recorde-se que, a instituição financeira anunciou recentemente os resultados referentes a 2018 com os lucros a subirem para 12,6 milhões de euros, um aumento face aos 6,4 milhões de euros registados no ano anterior. Ainda assim, o banco revelou que “este valor ficou comprometido por um conjunto de fatores excecionais que se registaram no quarto trimestre, e que não estão diretamente relacionados com a atividade do banco”. 

Um desses fatores está relacionado com a provisão para a coima resultante do processo de contraordenação do Banco de Portugal em 2009 e 2014, no valor de 2,5 milhões de euros, apesar de Carlos Tavares ter admitido na apresentação de resultados que iria recorrer da decisão. “O Conselho de Administração tomou uma decisão baseada no parecer dos advogados de recorrer”, disse o chairman do banco.

Também a alienação do Banco Terra Moçambique e a venda de uma carteira de créditos em incumprimento no valor de 239 milhões contribuíram para este resultado.