“Portugal é uma lição para a Europa e para o mundo”, diz o vice presidente do FMI

David Lipton fala ainda de resultados positivos “na resposta as dificuldades económicas”

“Portugal é uma lição para a Europa e para o mundo”, diz o vice presidente do FMI

O vice-diretor do FMI, David Lipton, disse esta segunda-feira que a coesão política em Portugal é uma lição para a Europa e para o mundo e que os resultados apresentados salientam a importância da coesão política na resposta às dificuldades económicas.

“Sucessivos governos portugueses e o povo português apropriaram-se das reformas necessárias para a recuperação. Os resultados positivos destacam a importância da coesão política na resposta às dificuldades económicas”, referiu Lipton  no encerramento dos trabalhos desta manhã da conferência 'Portugal: reforma e crescimento dentro da zona euro', a decorrer no Museu do Dinheiro, em Lisboa.

O vice-presidente afirmou ainda que “o sucesso económico de Portugal foi construído sobre uma base de consenso político num período de crise".

"Portugal fez progressos notáveis desde o tempo do programa de ajustamento", referiu o número dois do FMI, indicando a redução da taxa de desemprego, que atingiu o máximo de 16% em 2016, e que agora se fixa nos 7%, "o nível mais baixo desde 2004".

No entanto, o vice do FMI alerta ainda de que há muito por onde melhorar. “A dívida pública continua muito elevada, cerca de 120% do PIB [Produto Interno Bruto] no ano passado, o terceiro mais elevado da zona euro e pouco provavelmente abaixo dos 100% até 2025”.

David Lipton falou ainda sobre um conjunto de riscos que se colocam à escala global, sublinhando que o crescimento global abrandou , incluindo na Europa, e que  as tensões comerciais continuam a penalizar a confiança, não esquencendo também as vagas de migrantes e de refugiados e o ‘Braxit’.