CDS/PP critica “falta de apoio” aos Voluntários de Braga

A Juventude Popular do CDS/PP criticou esta quinta-feira “falta de apoio” aos Bombeiros Voluntários de Braga, tendo o seu presidente e candidato para deputado à Assembleia da República, Francisco Mota, questionando ainda as opções da Câmara Municipal de Braga quanto à instalação das forças de socorro, de proteção civil e de segurança do município.

Numa visita liderada Francisco Mota, eleito pela coligação “Juntos por Braga”, liderada por Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, já o candidato da Juventude Popular de Braga, Francisco Mota afirmou que “Braga tem obrigação moral de apoiar e solidarizar-se com estes homens e mulheres dos Bombeiros Voluntários de Braga, que se encontram numas condições miseráveis, desumanas e de terceiro mundo naquele quartel”.

“É fundamental que as pessoas percebam que desta vez a sirene tocou para que os próprios bombeiros sejam socorridos”, disse Francisco Mota, que nos últimos seis anos tem vindo a destacar-se também por iniciativas de apoio e de solidariedade à corporação bracarense.

“Desafio os bracarenses a visitarem o quartel e, ‘in loco’, compreenderem o estado de abandono com que o socorro na nossa cidade vive diariamente, precisamos de mobilizar todos no maior desígnio social para os próximos tempos: a construção do novo quartel dos Bombeiros Voluntários, não apenas por eles, mas sobretudo por cada um de nós e pela garantia de socorro a quem precisa”, afirmou o líder da estrutura juvenil do CDS/PP.

Críticas às opções camarárias

Segundo o líder da Juventude Popular de Braga, “se o antigo quartel da Companhia de Bombeiros Sapadores não apresentava já as respostas operacionais condignas para aquele corpo de bombeiros, também ele não poderá servir agora para os Bombeiros Voluntários”.

Ainda para Francisco Mota, “não faz sentido o Município de Braga entregar uma estrutura daquelas aos Bombeiros Voluntários de Braga quando necessita daquele espaço para fixar o Centro de Operações da Proteção Civil Municipal e para o qual até já tem um projeto”.

“Menos compreensível é quando pensamos que a Polícia Municipal de Braga está alocada num edifício sem as condições necessárias para os agentes, de que a equipa de Sapadores Florestais necessita de um espaço e a Divisão de Proteção Civil está resumida a um espaço exíguo”, como refere em comunicado o candidato a deputado à Assembleia da República.

Na opinião de Francisco Mota, “o foco da corporação, do Governo, da Câmara Municipal de Braga e de toda a comunidade deve ser a localização de um quartel de raiz no terreno que é propriedade desta corporação, situado na freguesia de Arcos, no concelho de Braga.

Mas Francisco Mota admite “o intuito de criar uma solução de os Bombeiros Voluntários  de Braga venderem o seu atual edifício a um investidor imobiliário em troca da construção de um quartel novo, naturalmente que durante esse processo enquanto o novo quartel é construído e o privado intervém no atual edifício dos Bombeiros Voluntários de Braga, a corporação voluntária poderá então ocupar o antigo quartel dos Bombeiros Sapadores de Braga, mas só temporariamente, porque essa é uma solução de passado e não de futuro”.

Governo criticado pelo candidato

“Não relocalizar o financiamento de 600 mil euros afetos à requalificação do atual quartel, que mesmo após essa intervenção, nunca será um equipamento à altura das respostas necessárias, será um desperdício de recursos públicos e se isso acontecer, será o que de pior existe no modelo de gestão de recursos do país e da Europa”, declara Francisco Mota.

Para o candidato a deputado, “o Governo tem a obrigação, até porque já por duas vezes dois secretários de estado da tutela o admitiram, de encontrar uma solução para se afetar financiamento existente à corporação para a construção daquele seu novo equipamento”.

O candidato a deputado afirma que “não compreendemos com quase 70 por cento dos fundos por cumprir, porquê esta inflexibilidade, desafio os 19 deputados eleitos por Braga a fazerem alguma coisa por esta casa e aos deputados europeus a tomarem consciência e posição que os fundos comunitários não podem ser cegos”, afirma ainda Francisco Mota.

“Bombeiro sem farda”

O presidente da Associação Humanitária e Beneficente Bombeiros Voluntários de Braga, capitão António Miguel Ferreira, afirmou ainda que “em “Braga temos sentido o apoio da Juventude Popular em diversas iniciativas”.

“A Juventude Popular tem estado sempre ao lado dos Bombeiros Voluntários de Braga e queremos reconhecer isso, esperemos que o Francisco Mota seja um dos deputados eleitos à Assembleia da República, ele sabe que é conhecido aqui na corporação como ‘um bombeiro sem farda’ e sentimos que é necessário dar valor a quem sempre nos ajudou”, de acordo com o presidente da corporação bracarense.