Insolvências aumentam mais de 5% no primeiro trimestre de 2019

Mês de março está em contraciclo mas o crescimento mantém-se.

Há mais empresas insolventes no primeiro trimestre deste ano do que em período homólogo do ano passado. Os dados, divulgados pela Iberinform, mostram ainda que o aumento fixa-se em pouco mais de 5%. Quando há criação de novas empresas, o valor aumentou 18%.

Só no mês passado foram totalizadas 541 insolvências, um número que representa mais 58 do que no ano passado. Somando este aumento ao que foi registado em janeiro, fica totalizado um incremento trimestral de 5,1%.

A Iberinform avança ainda que a subida deve-se exclusivamente à conclusão de um maior número de processos de insolvência: os 668 de 2018 ascenderam a 893 este ano, o que representa uma subida de 33,7%.

Quando às Declarações de Insolvência Requeridas (DIR) e as Declarações de Insolvência Apresentadas pelas empresas (DIA), tiveram reduções homólogas. Segundo a Iberinform, as DIR reduziram de 389 para 306 nos primeiros três meses deste ano (-21,4%) enquanto as DIA caíram de 377 para 320 (-15,1%).

Este ano registaram-se ainda 11 planos de insolvência, que correspondem a uma percentagem de 50%.

Os resultados demonstram ainda que apenas oito distritos, que representam 34,6% do total de insolvências, tiveram variação negativa em relação a 2018. Lisboa e o Porto são os distritos com mais insolvências, 324 e 393 respetivamente. Mas enquanto Lisboa regista uma diminuição de 24,3% face a 2018, o Porto sofre um aumento de 29,3%. As diminuições mais significativas verificaram-se em Vila Real (-56,5%), Évora (- 44,4%) e Guarda (27,8%); os aumentos mais expressivos foram alcançados nos distritos de: Ponta Delgada (66,7%), Bragança (62,5%) e Braga (49,1%).

Indústria extrativa, eletricidade, gás e água, comércio por grosso, outros serviços, construção e obras públicas e comércio de veículos foram os setores que fecharam os primeiros três meses deste ano com menos insolvências.

 

Crescimento mantém-se mas março esteve em contraciclo

No que à criação de novas empresas diz respeito, o mês esteve em contraciclo, uma vez que apresentou uma diminuição de 2,84%, quando comparado a janeiro (26%) e Fevereiro (29,7%). Feitas as contas, foram criadas 15,756 empresas, o que representa um aumento de 17,7% em relação ao mesmo período ano passado, com mais 2.372.

Lisboa voltou a registar o maior número de constituições, seguindo-se o Porto, Setúbal, Braga, Faro, Aveiro e Leiria.

Quanto aos setores, os que tiveram maior variação positiva foram os transportes, construções e obras públicas, indústria extrativa, agricultura, caça e pesca, indústria transportadora e comércio de veículos.