Nomeações familiares? “Vale a pena rever a lei, em conformidade”

Quanto à demissão do secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, o Chefe de Estado considera que esta foi a atitude “correta” a tomar.

Depois da polémica em torno das relações familiares existentes no Governo, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu esta quinta-feira uma alteração legislativa de forma a limitar nomeações familiares de titulares de cargos políticos.

"A lei que vigora é uma lei que não é tão exigente quanto hoje é a opinião pública portuguesa. A lei já tem quase 20 anos e é uma lei em que, por exemplo, os primos não são apanhados por uma decisão no plano administrativo. Hoje, a sensação que eu tenho é que o escrutínio e o juízo da opinião pública portuguesa é mais exigente. Então, vale a pena rever a lei, em conformidade", afirmou o Presidente da República, citado pela agência Lusa, à chegada do Teatro Nacional D. Maria II, onde ia assistir à peça “Frei Luís de Sousa”.

Quanto à demissão do secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, o Chefe de Estado considera que esta foi a atitude “correta” a tomar.

"Nunca nomeei, nem nomearia um familiar. Penso que a atitude do secretário de Estado foi correta. Resolve uma vez que, de facto, significa que o secretário de Estado reconheceu que devia tomar aquela atitude. Esta posição, neste momento, penso que foi correta do ponto de vista que é o meu de não nomear nenhum familiar para cargos de colaboração no exercício de funções políticas", afirmou.