Ventura muda nome de coligação. Vai chamar-se “Europa Chega”

Após o chumbo do Tribunal Constitucional, ex-autarca do PSD chegou a admitir não se recandidatar, mas decidiu mudar o nome.

A coligação para as europeias liderada por André Ventura decidiu mudar o nome, após o chumbo do Tribunal Constitucional (TC). A intenção do ex-autarca de Loures é concorrer às eleições do dia 26 de maio com o nome “Europa Chega” e o novo pedido já deu entrada no TC.

“Estamos convencidos de que este nome não levanta nenhum problema. A questão do conflito de denominações não se pode colocar agora visto que ‘Europa Chega’ não cria nenhuma confusão com o partido. Veja-se o exemplo da Aliança e da possível confusão com a antiga AD  ou do PCTP e a confusão com o PCP. Seria abrir um precedente incompreensível”, afirma ao i André Ventura. 

A coligação, que junta o movimento Chega, PPM e o Partido Cidadania e Democracia Cristã, foi notificada na semana passada para alterar o nome, mas, numa primeira fase, optou por contestar a notificação com o argumento de que o partido ainda não está formalmente constituído. Em resposta, o Tribunal Constitucional decidiu “recusar a anotação da coligação com a denominação Chega”. O TC argumenta que é necessário “evitar qualquer espécie de erro ou equívoco” por parte dos eleitores. 

André Ventura chegou a admitir não se candidatar nas próximas eleições, mas decidiu mudar o nome da coligação e tenciona encabeçar a lista às europeias. Ao i, Ventura diz que as principais bandeiras da coligação serão “acabar com esta vergonha da disseminação da ideologia de género por toda a parte, que envergonha a nossa história e a nossa civilização, acabar com a vergonhosa impunidade que se assiste, em que, por exemplo, resistimos a retirar a nacionalidade a terroristas que regressam da Síria e do Iraque depois de combaterem no Daesh, e ter um modelo económico que seja verdadeiramente equilibrado”. 

A justiça será outra das prioridades se André Ventura conseguir candidatar-se nas próximas eleições. “Queremos acabar com esta vergonhosa posição de Portugal na Europa relativamente à prisão perpétua para homicidas, violadores e terroristas: devemos acompanhar a tendência da União Europeia na reposição da prisão perpétua para homicidas, terroristas, violadores e pedófilos”, afirma o ex-autarca do PSD.