Portugal acolhe 10 dos 64 migrantes presos no meio do mar

Os restantes migrantes serão divididos entre a Alemanha, França e Luxemburgo

Portugal vai acolher 10 dos 64 migrantes a bordo do navio "Alan Kurdi", que estão presos há 10 dias no Mediterrâneo, após tanto Itáia como Malta terem recusado que o navio pudesse atracar nos seus portos. Os restantes migrantes serão divididos pela Alemanha, França e Luxemburgo, noticiou a agência Lusa. A transferência será através de barcos malteses.

Os 50 homens, 12 mulheres e 2 crianças foram resgatados no mar da Líbia, pela organização humanitária alemã Sea-Eye, que durante estes dias apelaram a Malta e a Itália para que autorizassem o desembarque, dado que o navio estava sem comida nem água, mas sem sucesso. As autoridades maltesas tentaram justificar a decisão alegando que o salvamento de migrantes encoraja o tráfico humano, uma acusação que já foi feita por diversos países europeus contra uma série ativistas e de organizações humanitárias.

Não é a primeira vez que países europeus recusam receber pessoas resgatadas, tendo morrido já milhares de migrantes nas águas do mediterrâneo nos últimos anos, enquanto tentavam escapar a conflitos ou simplesmente pretendiam uma vida melhor. Ainda em janeiro deste ano dois barcos com quase 50 pessoas estiveram presos na costa de Malta durante semanas.