Itália. Juventus (sem Ronaldo) falha o primeiro match-point

A Vecchia Signora só precisava de um empate para celebrar já o oitavo título consecutivo, mas foi surpreendida pela modesta SPAL. A festa fica guardada para o próximo sábado.

Bastava um empate, um singelo empate no terreno do não menos singelo conjunto da SPAL, mas os deuses do futebol assim não o quiseram. À 32.a jornada da Serie A, a Juventus sofreu a segunda derrota da temporada e adiou assim para o próximo fim de semana, em que receberá a Fiorentina, as celebrações do oitavo título consecutivo.

Sem Cristiano Ronaldo (a poupar-se para a segunda mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões, já amanhã, frente ao Ajax), a Vecchia Signora até foi para o intervalo em festa. Moise Kean, a pérola de 19 anos da Juve e do futebol italiano, abriu o marcador aos 30 minutos, desviando um remate de João Cancelo para a baliza à guarda de Viviano – esse mesmo, o guarda-redes contratado pelo Sporting no início da temporada, mas que acabou por regressar a Itália em janeiro sem qualquer minuto em jogos oficiais pelos leões.

Tudo parecia perfeitamente encaminhado… mas a SPAL assim não entendeu. Aos 49’, na sequência de um canto, o central Bonifazi cabeceou para o 1-1; e aos 74’, após alguns ressaltos na área da Juventus, Floccari, um dos jogadores mais velhos da prova (37 anos), selou a reviravolta, deixando a equipa promovida esta época bem mais perto da permanência.

A Juve, por seu lado, ainda continuava a sonhar com a festa: era preciso, para isso, que o Nápoles não vencesse na deslocação ao terreno do último, o Chievo. Mas venceu, por 3-1, adiando mesmo a festa dos bianconeri. Koulibaly, central senegalês, foi a figura dos napolitanos, com um bis (15’ e 81’), a que se somou o golo de Milik aos 64’. O melhor que a equipa de Verona conseguiu fazer foi reduzir em cima do apito final por Cesar, não evitando a confirmação da descida de divisão após 11 anos na Serie A – soma apenas 11 pontos em 32 jogos.

Realce ainda para mais um golo do veterano Quagliarella, este de penálti no triunfo (2-0) da Sampdória no dérbi com o Génova de Miguel Veloso e Pedro Pereira (ambos titulares). O avançado de 36 anos soma agora 22 golos na prova, mais três que Cristiano Ronaldo, e isola-se na liderança da tabela dos melhores marcadores.

 

City ganha, Liverpool também Em Inglaterra, tudo na mesma… e cada vez mais ao rubro. No jogo grande da ronda 34, e já depois de ter visto o Manchester City assumir o primeiro lugar à condição ao vencer por 3-1 no reduto do Crystal Palace (com Bernardo Silva em campo a partir dos 65’), o Liverpool deu uma demonstração de superioridade e venceu o Chelsea por 2-0, deixando bem claro que irá lutar até ao fim pelo primeiro título em 29 anos.

O triunfo dos reds ficou escrito no espaço de dois minutos: aos 51’, Sadio Mané apareceu completamente solto de marcação na pequena área dos blues e correspondeu de cabeça a um cruzamento de Henderson; aos 53’, Salah libertou-se da marcação de Emerson e desferiu um remate absolutamente fantástico, a mais de 20 metros da baliza de Kepa, que nada podia fazer para deter o tiro do egípcio.

Um incremento de confiança para os homens de Jürgen Klopp, que na quarta-feira se deslocam ao Dragão para a segunda mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões. O Manchester City, refira-se, ainda tem um jogo em atraso, mas que não se afigura nada fácil: no dia 24 desloca-se a Old Trafford para o sempre eletrizante dérbi com o Manchester United.