Bolsonaro – Visão de solução ou o despoletar de problemas?

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, pretende voltar a pôr o Brasil no mapa mundo, mas a questão crucial é saber a que preço tal almejo se poderá concretizar?..

Aos olhos do mundo faz questão de reiterar que a sua intenção é transformar o País, reforçando as suas riquezas, numa potência sólida, forte e robusta. Mas tal desiderato deixa algumas reservas quanto ao modo instrumentalizado e formas de tal ser possível.

A nível interno, tem a oposição constantemente a querer perceber quais as soluções que apresenta, o que é perfeitamente normal, hoje em dia, em democracia. No entanto como criou desregradas fraturas com várias classes políticas e económicas, ao mesmo tempo, terá de encontrar uma maior capacidade de resposta.

O seu meio preferido de comunicação são as redes sociais, o que pode ser benéfico, mas também prejudicial, mas não deixa de ser um canal com uma projeção mundial.

Note-se que as redes sociais levaram-no ao poder, todavia, estas também têm o poder de prejudicar quem está dependente das mesmas, neste caso para governar. Ao contrário de Trump, a comunicação é muito mais primitiva e pouco objetiva.

Na sua equipa ministerial, conta com ministros, como Paulo Guedes (ministro da Economia), Sérgio Moro (ministro da Justiça), general Augusto Heleno (o conselheiro e ‘professor’ de Bolsonaro), o vice-Presidente Hamilton Mourão, Tarcísio Freitas (ministro dos Transportes e das Infra-Estruturas) e Tereza Cristina (ministra da Agricultura), de larga craveira politica, os quais são considerados como entidades de grande prestigio.

Estes são os ministros que podem guiar Bolsonaro para tirar o Brasil desta ‘depressão’ profunda, na qual está mergulhado o país desde há alguns anos.

A nível de política externa, e, fora do continente sul americano apenas fez duas visitas oficiais, visitando duas das maiores potências mundiais, EUA e Israel.

Foi pragmático na abordagem, e, pediu ajuda a dois dos países com mais estratégia, como são os casos específicos dos EUA e Israel.

O povo brasileiro quer perceber, como pode beneficiar destas alianças estratégicas.

Ao contrário dos governos do Presidente Lula e da Presidente Dilma, Bolsonaro foi cirúrgico e objetivo na abordagem ‘fora de portas’.

Um dos objetivos principais é a produção de modelos testáveis que permitam às pessoas compreender melhor como e porquê as sociedades funcionam como funcionam e, portanto também o que se pode considerar como os seus defeitos.

Bolsonaro, quer e pode, mas não pode governar de fora para dentro.

Não se pode, e não se deve governar através das redes sociais, com os seus filhos, é importante dar valor aos laços familiares, no entanto, os filhos de Bolsonaro também são novos nestas lides políticas, e, Moro, Guedes e Heleno podem não ser suficientes para segurar Bolsonaro nesta sua tarefa difícil de elevar o nome do Brasil.

O lema de Bolsonaro: ‘Brasil acima de tudo, e, Deus acima de todos’, não deve ser um sonho, deve ser o fio condutor da estratégia.

Pode ser demagogia pura, no entanto, já existem nomes dentro dos ministros de Bolsonaro, para assumirem uma candidatura à presidência, entre eles Moro e Guedes.

Na oposição, quem está a aproveitar a onda negativa de Bolsonaro é João Dória (atualmente é o Governador de São Paulo), que aproveita cada deslize deste, para aparecer e cimentar a ‘sua candidatura’ às próximas presidenciais do Brasil.

Vamos assistindo para já ao desenrolar da ‘novela brasileira’.