Juros no crédito à habitação cresceram pelo quarto ano consecutivo

Esta subida surge, numa altura, em que os preços das casas aumentaram 3,3% no primeiro trimestre.

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação aumentou pelo quarto mês consecutivo, passando dos 1,061% em fevereiro para 1,066% no mês passado. Os dados foram ontem revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e revelam ainda que, nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu de 1,423% para 1,396%.
O INE avança ainda que, no mês em análise, o capital médio em dívida subiu 166 euros, ultrapassando os 52 mil euros, enquanto a prestação média vencida subiu um euro, fixando-se agora nos 245 euros.
Para o destino de financiamento aquisição de habitação (o mais relevante no conjunto do crédito à habitação), a taxa de juro implícita para o total de contratos subiu 0,6 p.b., para 1,089%. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro para este destino de financiamento desceu 3,1% p.b. em março, para 1,382%.

Preço das casas também sobe A juntar a esta subida da taxa de juro implícita dos contratos de crédito à habitação está também o preço das casas em Portugal. 
Segundo os dados divulgados ontem pelo site Idealista com base no seu índice de preços, o valor das casas no nosso país registou uma subida de 3,3% durante o primeiro trimestre deste ano, situando-se assim nos 1.849 euros por metro quadrado. Tendo em conta a variação anual, o aumento foi de 17%.
O estudo avança ainda que foram registados aumento de preços em quase todas as regiões do país, em termos trimestrais, com exceção do Centro e da Região Autónoma dos Açores, que apresentaram, respetivamente, uma descida de 4,7% e 5,7%. No Norte, os preços cresceram 4,6%, enquanto na Madeira, Área Metropolitana de Lisboa, Algarve e Alentejo cresceram 3,7%, 2,8%, 0,6% e 0,5% respetivamente.
Os preços subiram em 15 distritos – entre os 24 analisados, contando com as ilhas – com os maiores aumentos a serem registados nos distritos do Porto (4,6%), Castelo Branco (4%), Madeira (3,6%) e Lisboa (2,2%). As descidas foram registadas na Terceira (-6,1%) e Pico (-4,1%).