Mulher de empresário português desaparecido em Moçambique faz apelo a Marcelo

Salomé Sebastião lançou uma petição pública a pedir o regresso do marido, que desapareceu na província de Sofala, em Moçambique, em 2016

A mulher do empresário português desaparecido há três anos fez agora um apelo Presidente da República. “Ele é uma pessoa que conhece muito bem Moçambique e, em conjunto com o seu homólogo moçambicano, terá com certeza toda a capacidade e toda a possibilidade de rapidamente conseguir que o Américo regresse são e salvo a casa”, disse em entrevista à Rádio Renascença.

A petição, intitulada de “Liberdade para Américo Sebastião”, apela não só a Marcelo Rebelo de Sousa, mas também aos portugueses, para que assinem a petição, que conta já com mais de 370 nomes.

Na última sexta-feira, foi publicada uma nota na página da Presidência, dizendo que os familiares irão ser, mais uma vez, recebidos pela Casa Civil esta semana.

“Tal como com outros Cidadãos Portugueses em idênticas circunstâncias, o Presidente da República não só acompanha, como tem procedido a todas as diligências ao seu alcance e ao mais alto nível, relativamente ao desaparecimento de Américo Sebastião na República de Moçambique, desde o momento em que ocorreu no Verão de 2016.

"Essa sua ininterrupta intervenção, conjugada com a do Governo Português e da nossa Diplomacia, efetuou-se antes e durante o processo de investigação entretanto aberto e também depois da sua reabertura”, pode ler-se.

Recorde-se que Américo Sebastião foi raptado numa estação de abastecimento de combustíveis a 29 de julho de 2016, em Nhamapadza, na província de Sofala, no centro de Moçambique. O português foi levado por homens fardados, que o algemaram e colocaram dentro de uma viatura descaracterizada, de acordo com testemunhas no local.

Desde então nada mais se soube sobre o seu paradeiro.

Portugal ofereceu por diversas vezes cooperação judiciária para encontrar o homem, mas as autoridades moçambicanas recusaram sempre.

A PGR portuguesa voltou a oferecer ajuda no passado mês de fevereiro, apesar de ainda não ter obtido resposta por parte do MP moçambicano, de acordo com a Rádio Renascença.