Em 2018, 2,2 milhões de pessoas estavam em risco de pobreza ou exclusão social em Portugal

Dados divulgados pelo INE esta terça-feira

Um novo relatório do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre os rendimentos e as condições de vida dos portugueses mostra que, em 2017, a maior parte das pessoas em risco de pobreza vivia nas regiões Norte e Centro.

Os dados do INE dizem que os residentes nas regiões autónomas estão mais expostos ao risco de pobreza – existe uma probabilidade de 31,6% nos Açores e 27,5% na Madeira. No entanto, “a maioria das pessoas em risco de pobreza viviam em 2017 nas regiões Norte (664 mil) e Centro (415 mil)”.

O relatório mostra ainda que a mediana de rendimentos monetários líquidos equivalentes em Portugal foi “9 346 euros em 2017, o que corresponde a um limiar de pobreza de 5 607 euros anuais (467 euros por mês)”, mais 3% do que no ano anterior.

O INE refere que "em 2018, 2 223 mil pessoas encontravam-se em risco de pobreza ou exclusão social, o que resulta da conjugação das pessoas em risco de pobreza no ano anterior (1 777 mil) ou que viviam em agregados com intensidade laboral per capita muito reduzida no ano anterior (532 mil) ou que viviam em privação material severa em 2018 (615 mil). Deste conjunto, 109 mil pessoas encontravam-se simultaneamente nas três condições adversas: pobreza, privação e baixa intensidade laboral".

"Por conseguinte, a taxa de pobreza ou exclusão social foi 21,6% em 2018, menos 1,7 p.p. que no ano anterior e menos 5,9 p.p. que em 2013", acrescenta o documento.