Denúncia de abusos sexuais na Igreja passa a ser obrigatória

Dioceses têm de garantir a proteção dos denunciantes

Denúncia de abusos sexuais na Igreja passa a ser obrigatória

O Papa Francisco anunciou, esta quinta-feira, regras mais apertadas para obrigar à denuncia de abusos sexuais na Igreja e penalizando qualquer encobrimento pela hierarquia do clero.

Todas as dioceses do mundo terão de criar antes de junho de 2020 um sistema acessível a quem quiser fazer uma denuncia, assim como garantir proteção e assistência a quem a fizer.

"'Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte (Mt5, 14)'. Nosso Senhor Jesus Cristo chama cada fiel a ser exemplo luminoso de virtude, integridade e santidade. Com efeito, todos nós somos chamados a dar testemunho concreto da fé em Cristo na nossa vida e, de modo particular, na nossa relação com o próximo”, escreve o Papa no documento de iniciativa papal, publicado esta quinta-feira.

O Sumo Pontífice faz ainda questão de sublinhar que os crimes de abuso sexual provocam danos físicos, psicológicos e espirituais às vítimas, além de lesarem a comunidade.

“Para que tais fenómenos, em todas as suas formas, não aconteçam mais, é necessária uma conversão contínua e profunda dos corações, atestada por ações concretas e eficazes que envolvam a todos na Igreja, de modo que a santidade pessoal e o empenho moral possam concorrer para fomentar a plena credibilidade do anúncio evangélico e a eficácia da missão da Igreja”, adiantou Francisco.