Mais de 3000 migrantes em condições desumanas nos centros de detenção de Tripoli

Dificuldades de acesso a alimentos básicos e água são as principais preocupações da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF).

Falta de água e de alimentos e probabilidade de desenvolver doenças mentais são alguns dos problemas que existem nos centros de Qasr Bin Gashir, Abu Salim e Sabaa, em Tripoli, na Líbia.

Num comunicado a organização de Médicos Sem Fronteiras (MSF), citada pela Lusa, realça que os refugiados chegaram à Líbia “fugindo da guerra e da pobreza nos seus países e que é necessária uma solução para que não optem por alternativas perigosas”.

A organização não-governamental avança ainda que "vários centros de detenção (…) estão perigosamente perto das linhas da frente", isto é, entre a ofensiva de Khalifa Hafter e as forças do Governo do Acordo Nacional.

“Todos os migrantes que se encontram nos centros de detenção de Tripoli devem ser retirados de imediato do país", insiste a MSF pedindo que os civis, as infraestruturas, o pessoal médico e humanitário sejam “respeitados e protegidos em qualquer circunstância".

Recorde-se que a Guerra Civil Líbia teve início em maio de 2014 e, até janeiro do ano passado, causou 10 071 mortes.