Avistadas caravelas-portuguesas na Caparica, Estoril e Carcavelos. Saiba os cuidados a ter

Autoridade Marítima Nacional deixou avisos. 

Esta semana foram avistados exemplares de caravelas-portuguesas nas praias de S. Pedro do Estoril, em Carcavelos e agora na Costa da Caparica. Neste momento apenas as praias do município de Cascais estão vigiadas, pelo que os cuidados em zonas balneares sem vigilância devem ser ainda maiores do que o habitual. A Autoridade Marítima Nacional emitiu esta tarde um alerta para a presença destes animais na Costa da Caparica, bem como de águas-vivas, as alforrecas. "A caravela-portuguesa é encontrada à superfície do mar, tem uma cor azul-arroxeada e tentáculos com um veneno muito perigoso", descreve a autoridade. "Os sintomas da picada são dor forte e sensação de queimadura no local, irritação, vermelhidão, inchaço e comichão. Pessoas mais sensíveis podem ter reações alérgicas graves, como falta de ar, cãibras, náuseas, vómitos, desmaios, febre, convulsões, arritmias e problemas respiratórios."

O comandante Fernando Pereira da Fonseca, porta-voz da  Autoridade Marítima Nacional, indicou ao i que os animais foram avistados tanto na linha de Cascais como na Costa da Caparica, sendo a expectativa que a mudança no vento contribua para o afastamento de terra.  "Na zona de Cascais as praias já estão vigiadas.Os nadadores salvadores quando dão conta de aparecer o animal, içam a bandeira vermelha, recolhem o animal, esperam uma hora e se não tornarem a aparecer tornam a içar a bandeira amarela ou verde, conforme as condições."

Estes animais costumam surgir na costa portuguesa pontualmente, trazidos pela corrente. Podem ser encontrados à superfície do mar ou na areia.

Conselhos em caso de contacto com caravelas-portuguesas

– Não esfregar ou coçar a zona atingida para não espalhar o veneno;
– Não usar água doce, álcool ou amónia;
– Não colocar ligaduras;
– Lavar com cuidado com a própria água do mar;
– Retirar com cuidado os tentáculos da água-viva (caso tenham agarrados à pele), utilizando luvas, uma pinça de plástico e soro fisiológico ou água do mar;
– Aplicar vinagre no local atingido;
– Aplicar bandas quentes ou água quente para aliviar a dor;
– Consultar assistência médica o mais rapidamente possível.

Conselhos em caso de contacto com águas-vivas

– Não esfregar ou coçar a zona atingida para não espalhar o veneno;
– Não usar água doce, álcool ou amónia;
– Não colocar ligaduras;
– Lavar com cuidado com a própria água do mar;
– Retirar com cuidado os tentáculos da água-viva (caso tenham agarrados à pele), utilizando luvas, uma pinça de plástico e soro fisiológico ou água do mar;
– Se possível, aplique bicarbonato de sódio misturado em partes iguais com água do mar;
– Aplicar gelo, enrolado num pano, no local atingido para aliviar a dor.

Com a subida de temperaturas prevista para o fim de semana, a Autoridade Marítima Nacional alertou também esta sexta-feira para os cuidados a ter nas praias. "​É importante ter em conta que, nesta época do ano, as praias apresentam ainda efeitos da agitação marítima do inverno podendo verificar-se fundões, declives acentuados, remoinhos e agueiros. Alguns destes fenómenos não são visíveis, acarretando perigo para quem entra na água", lê-se no comunicado. "Adicionalmente, a grande maioria das praias ainda não está vigiada tornando-se o socorro mais demorado."
São estas as recomendações:

– Vigiar permanentemente as crianças e não permitir que se afastem, mantendo-as sempre próximas de um adulto;

– Evitar comportamentos de risco. Não vire as costas ao mar evitando ser surpreendido por uma onda;

– Caso testemunhe uma situação de perigo dentro de água, não entrar e pedir ajuda através do 112.

– Evitar o período de exposição solar entre as 11h00 e as 15h00.