PIB aumenta no 1.º trimestre 1,8%

Crescimento foi impulsionado pela procura interna, “refletindo uma aceleração significativa do investimento”.

O Produto Interno Bruto (PIB) português aumentou 1,8% no primeiro trimestre do ano face a igual período do ano, impulsionado pela procura interna, “refletindo uma aceleração significativa do investimento”, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE). Este valor fica acima dos 1,7% registados no trimestre anterior e representa um crescimento de 0,5% em cadeia. Os dados foram revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). 

O Ministério das Finanças reagiu a este crescimento ao garantir que a economia tem “bases sólidas para continuar a crescer e a convergir com a Europa no futuro, mesmo num contexto de maiores dificuldades decorrentes da deterioração do ambiente económico externo”, revelou em comunicado. E não tem dúvidas: “O crescimento expressivo do investimento ao longo dos últimos anos, a estabilização do setor financeiro, o reequilíbrio das contas externas e os progressos alcançados na consolidação estrutural das contas públicas constituem pilares sólidos para o crescimento económico nos próximos anos”, sublinha.

As Finanças lembram ainda que a aceleração do crescimento do PIB “reflete um aumento mais pronunciado da procura interna e, particularmente, do investimento, que mais do que compensou a diminuição do contributo para o crescimento proveniente do comércio internacional”, lembrando que a aceleração do investimento no primeiro trimestre é o principal destaque da aceleração da economia.

Em sentido contrário, o contributo da procura externa líquida foi mais negativo do que o observado no trimestre anterior, em resultado da aceleração mais intensa das importações de bens e serviços do que das exportações de bens e serviços.
“Este maior crescimento reflete-se no aumento das importações, onde se destaca o crescimento expressivo da importação de bens de investimento, como é o caso de máquinas e outros bens de capital, material de transporte e produtos transformados destinados à indústria”, indica o gabinete do ministro, acrescentando que o abrandamento das exportações resulta, sobretudo, do aumento da incerteza geopolítica e das tensões comerciais globais, que tem impactado em especial as maiores economias da Europa.

O gabinete de Mário Centeno lembrou ainda que “o crescimento do PIB continua a ser pautado por crescimento do emprego e redução do desemprego, tendo sido criados mais 73,5 mil empregos por comparação com o primeiro trimestre de 2018, enquanto o número de desempregados diminuiu em cerca de 56,5 mil em igual período, correspondente a uma redução da taxa de desemprego de 1,1 pontos percentuais”. 

Já o crescimento do PIB da área do euro e da União Europeia no primeiro trimestre, por sua vez, refere, manteve-se estável em 1,2% e 1,5%, respetivamente, “o que significa que Portugal mantém uma trajetória de convergência face à Europa, trajetória essa que perdura já há mais de dois anos”.

Segundo o INE, esta estimativa rápida incorpora revisões na informação de base utilizada anteriormente, nomeadamente no que se refere ao comércio internacional de bens e aos indicadores de curto prazo, originando ligeiras revisões nas taxas de variação homóloga do PIB em volume para 2018. Os resultados definitivos das contas nacionais trimestrais até março serão divulgados a 31 de maio.

Recorde-se que, o Governo espera que a economia cresça 1,9% no conjunto de 2019, acima dos 1,7% previstos pela Comissão Europeia, pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco de Portugal e também acima dos 1,6% antecipados pelo Conselho das Finanças Públicas.O Produto Interno Bruto (PIB) português aumentou 1,8% no primeiro trimestre do ano face a igual período do ano,  impulsionado pela procura interna, "refletindo uma aceleração significativa do investimento". Este valor fica acima dos 1,7% registados no trimestre anterior e 0,5% em cadeia, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).