Festejar o título do Benfica? “Sou um profissional, celebrei ontem o meu”

Técnico falou sobre a possibilidade do Benfica ganhar o título

Rui Vitória sagrou-se, na última quinta-feira, campeão na Arábia Saudita. Esta sexta-feira, em entrevista à TVI24, o técnico abordou também os tempos que passou no Benfica, de onde saiu em janeiro.

Questionado sobre a possibilidade de este sábado o Benfica festejar o título, Rui Vitória admite que fica “satisfeito” caso aconteça e recorda os amigos que tem no clube da Luz.

"Afastei-me um pouco da realidade do futebol português, primeiro porque o envolvimento aqui foi enorme e também porque quis desligar-me do futebol português por um tempo. Fico satisfeito se isso acontecer, porque tenho imensos amigos no Benfica. Foram três anos e meio lá… Muitos momentos passados em conjunto e quando gostamos das pessoas queremos que estejam bem na vida. Em relação a celebrar, sou um profissional, celebrei ontem. Amanhã se esses meus amigos ganharem, ficarei contente obviamente”, referiu.

Relativamente à sua saída, o técnico refere que não se sente injustiçado. “O futebol é assim. De repente, seja jogador ou treinador, com muita facilidade estamos no auge ou as coisas viram. A questão da injustiça não se coloca. Muitas vezes temos de mudar a estrada. Foi isso que fiz. Fui à procura de um novo rumo, um novo título. Mas amigos como dantes. Trabalho feito, foram três anos e meio e agora os destinos são diferentes", afirmou.

“Acredito sempre no meu trabalho e no de quem trabalha comigo. O Benfica na segunda volta tem feito um trabalho bom ao longo dos últimos tempos. Mas [saber se teria sido campeão] é subjetivo e não vale a pena estarmos aqui a falar. Os jogadores tiveram um desempenho fantástico nesta fase da época, o Bruno [Lage] também. Quem trabalhou merece também os louros que está a ter e ponto final nisso. Não há nada a dizer", declarou.

Sobre o facto de ter “quota-parte” no título, o técnico destaca o trabalho que desenvolveu ao longo de três anos no clube.

“A quota-parte que dei foram os três anos anteriores, porque houve uma mudança de paradigma, onde arriscámos, acreditámos que era possível este futuro. Fui sempre dizendo que as equipas estavam garantidas a longo prazo. O meu trabalho foi aí. Quando dei a única entrevista disse que era uma página que se virava. Estava feito o trabalho e a partir daí era o caminho para outras pessoas”, rematou.