Adesão de 100% à greve dos mestres da Soflusa

Os trabalhadores pretendem que mais recursos humanos sejam contratados e que a sua profissão seja mais valorizada aos olhos do governo. 

A greve dos mestres da Soflusa, iniciada esta quinta-feira, teve uma adesão de 100%. A paragem de três horas por turno tem vindo a gerar perturbações na circulação. Segundo declarações da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicação à agência Lusa, entre as 5h05 e as 09h30 foram suprimidas todas as carreiras que realizam a ligação entre Lisboa e Barreiro.

Os trabalhadores da empresa pretendem que mais profissionais sejam contratados de modo a terminar com as horas extraordinárias que os trabalhadores são obrigados a realizar. Numa reunião entre o secretário de Estado e os sindicatos dos trabalhadores ficou prometido o reforço de pessoal e de contratar até seis novos membros, mas não se discutiu a "valorização da categoria de mestre", algo que os trabalhadores também pretendem obter com a paralisação. 

Antes das 09h30 encontravam-se “mais de 500 pessoas” a aguardar pelo transporte, de acordo com José Encarnação, da Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Barreiro à agência Lusa. No entanto, o ambiente tem-se mantido calmo visto outras alternativas terem sido pensadas, como o aumento das ligações rodoviárias e ferroviárias.

A Câmara Municipal do Barreiro anunciou na passada quarta-feira que hoje e amanhã irá haver mais transportes diários até Lisboa desde a estação de Coina. Para amanhã, os únicos transportes garantidos pela empresa provenientes do Barreiro até à capital funcionarão entre a 00h05 e a 1h30, às 5h05, entre as 9h30 e as 17h45 e das 22h às 23h30