Concurso Miss Hitler organizado por português

No ano passado, diversas concorrentes da Rússia, Ucrânia, Alemanha, Itália e Estados Unidos participaram e enviaram fotos com saudações nazis, a posar junto de suásticas ou com um exemplar de Mein Kampf, o livro de Adolf Hitler.

Esta é a segunda vez que o concurso Miss Hitler é organizado. E conta com um português na organização. Para participar é obrigatório ser “uma mulher branca de sangue puro” e “respeitar Hitler”, escreveu João Neves na página Miss Hitler 2019, na rede social russa, Vkontacte.

“Envia 1 ou 3 fotos, escolhe um nickname, e escreve algumas palavras para te representar”, pode ler-se numa publicação a promover a edição de 2019 do concurso de beleza. A fotografia de perfil do português é o símbolo do partido português de extrema-direita.

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No ano passado, diversas concorrentes da Rússia, Ucrânia, Alemanha, Itália e Estados Unidos participaram e enviaram fotos com saudações nazis, a posar junto de suásticas ou com um exemplar de Mein Kampf, o livro de Adolf Hitler. O concurso de 2018 gerou tanta polémica que obrigou a rede social russa a bloquear a página.

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Em declarações ao Expresso, o organizador do concurso afirma já ter recebido algumas candidaturas. “Elas não fazem apelo à morte seja de quem for”, defendeu o homem de 40 anos. João declarou ser nacional-socialista desde os 8 anos, quando percebeu que o braço direito de Hitler, Rudolf Hess, se encontrava preso.

O português já reagiu à peça do Expresso na sua conta e continua a defender a continuação do concurso. “Um concurso de beleza não pode ser considerado algo errado em nenhum lugar. Mesmo no carnaval as pessoas são proibidas de usar a temática do terceiro reich, e tudo devido a mentiras feitas pelos aliados para denegrir os europeus", afirmou.