Greve “vai parar” o Hospital de S. João, garante sindicato

Trabalhadores da limpeza estão parados desde sábado. Reivindicam  o aumento do subsídio de alimentação de 1,85 euros para 3,50 euros.

Ao terceiro dia de greve dos trabalhadores de limpeza, esta segunda-feira, o Hospital de São João, no Porto, “vai parar completamente”. A garantia é de Eduardo Teixeira, coordenador regional do STAD – Sindicato dos Trabalhadores de Atividades Diversas, que à Lusa disse que a greve contou com uma adesão “próxima dos 70%”.

Esta segunda-feira, contudo, deverá ser o pior dia: “Na segunda-feira, o mesmo nível de adesão não vai ser suficiente para garantir a limpeza necessária de um dia normal de funcionamento no hospital, com todos os consultórios e gabinetes abertos. Neste momento, temos pouco mais de dez funcionários a trabalhar, limitando-se a limpar casas de banho e a despejar caixotes do lixo. As desinfeções em ambulatório ou a limpeza de consultórios e da urgência não estão a ser feitas”, avisou ainda o coordenador do sindicato.

Os trabalhadores da CLECE, a empresa de limpeza contratada pelo Hospital de São João, reivindicam um aumento do subsídio de alimentação de 1,85 euros para 3,50 euros. Uma exigência que, aliás, não é nova: desde há quatro anos que os trabalhadores estão a tentar negociar um aumento do subsídio de alimentação, mas Eduardo Teixeira diz que da parte da empresa “não há qualquer negociação”.

Mais recentemente, “houve uma greve destes trabalhadores marcada para dezembro que foi desconvocada porque a administração do São João se comprometeu, por escrito, a pagar o aumento do subsídio para os 3,50 euros a partir de abril”: “Agora, a administração deu o dito pelo não dito e existe um descontentamento geral”, frisou o sindicalista àquela agência. Se a negociação se arrastar, Eduardo Teixeira deixa uma promessa: em junho, os trabalhadores da limpeza do hospital vão voltar a parar.