Presidente do IPO do Porto, autarcas de Santo Tirso e Barcelos e empresária detidos por corrupção

As quatro pessoas foram detidas por corrupção e tráfico de influências

A operação Teia foi levada a cabo pela Polícia Judiciária e resultou na detenção dos autarcas socialistas de Santo Tirso, Joaquim Couto, e de Barcelos (Manuel Costa Gomes que deu uma entrevista ao SOL), do presidente do IPO do Porto, Laranja Pontes, e da empresária Manuela Couto, mulher do presidente da Câmara de Santo Tirso.

Em causa estão crimes de corrupção, tráfico de influências e participação económica em negócio no âmbito de contratação pública.

Os detidos têm idades compreendidas entre os 48 anos e os 68 anos.

“A Polícia Judiciária, através da Diretoria do Norte, em investigação a práticas de corrupção, tráfico de influências e participação económica em negócio, no âmbito de inquérito titulado pelo Ministério Público – DIAP do Porto, realizou no dia de hoje uma operação policial de buscas domiciliárias e não domiciliárias, em autarquias, entidades públicas e empresas, relacionadas com a prática reiterada de viciação de procedimentos de contratação pública, com vista a favorecer pessoas singulares e coletivas, proporcionando vantagens patrimoniais”, lê-se no comunicado da Polícia Judiciária.

A PJ adiantou que no decurso da investigação se “apurou a existência de um esquema generalizado, mediante a atuação concertada de autarcas e organismos públicos, de viciação fraudulenta de procedimentos concursais e de ajuste direto com o objetivo de favorecer primacialmente grupos de empresas, contratação de recursos humanos e utilização de meios públicos com vista à satisfação de interesses de natureza particular”.

Na operação policial realizaram-se 10 buscas, domiciliárias e não domiciliárias, nas zonas do Porto, Santo Tirso, Barcelos e Matosinhos.

Na operação estiveram envolvidos dezenas de elementos da Polícia Judiciária. investigadores, peritos informáticos, peritos financeiros e contabilísticos, bem como magistrados judiciais, magistrados do Ministério Público e representantes de ordens profissionais.

“A investigação vai prosseguir para apuramento de todas as condutas criminosas e da responsabilização dos seus autores”, é ainda referido no mesmo documento.