“Se o departamento da Justiça estivesse confiante de que o presidente não cometeu um crime, tê-lo-ia dito”

Robert Mueller afirma que depois de 22 meses de investigação não conseguiu provar a inocência de Donald Trump no que toca à interferência da Rússia nas eleições americanas de 2016. 

O procurador especial, Robert Muller anunciou esta quarta-feira a sua demissão, num comunicado surpresa. Depois de completar a investigação sobre a alegada interferência da Rússia nas presidenciais de 2016, que elegeram Donald Trump, e não ter conseguido provar a inocência do Presidente americano, Mueller decidiu que sair do departamento de Justiça americana era o caminho certo.

No dia 18 de abril, Mueller confessou, citando o Washington Post, que se o seu gabinete "estivesse confiante de que o Presidente não cometeu um crime, tê-lo-ia dito” e explicou que um Presidente em funções “não pode ser acusado de um crime federal porque isso é inconstitucional” logo, fazê-lo não era uma opção.

Durante o comunicado, Muller afirma recusar-se a testemunhar no Congresso norte-americano sobre a interferência do país governado por Putin nas eleições de 2016. 

O Presidente americano já respondeu à resignação do procurador e, através da sua conta oficial de Twitter, declarou que "nada muda no relatório Mueller. Não havia provas suficientes e por isso, no nosso país, uma pessoa é considerada inocente. O caso está fechado! Obrigado".