Mulher escocesa morre após engolir saco com cocaína em aeroporto

Transportava um saco de cocaína, com o valor comercial de 68 euros, no estômago.

Victoria Buchanan, de 42 anos, oriunda da Escócia, mudou-se para o Dubai em 2010 para dar aulas. Conhecida através do trabalho que desenvolveu para auxiliar crianças nepalesas desfavorecidas, estava de visita ao Reino Unido, com o marido, quando morreu inesperadamente, a 29 de março do ano passado.

Buchanan tinha comprado cocaína, no valor de 300 libras (338 euros), enquanto estava de férias. Porém, antes de embarcar no voo de regresso ao Dubai, no aeroporto de Manchester, apercebeu-se de que ainda tinha uma quantidade considerável da substância ilícita em sua posse – equivalente a 60 libras (aproximadamente 68 euros). Assim, engoliu a droga e, momentos depois, colapsou pois o saco com a cocaína explodiu no seu estômago.

De acordo com o Daily Mail, quem testemunhou o incidente acreditou que a professora estava a ter um choque anafilático e acabaram por lhe administrar epinefrina, que transportava na sua bagagem pois tinha alergia a óleo de palma. Contudo, morreu poucas horas depois no hospital de Wythenshawe.

“Tinha a noção de que ela fumava cocaína ocasionalmente até porque era algo que fazíamos juntos” afirmou o marido da vítima mortal ao mesmo órgão de comunicação inglês, adiantando ainda que a mulher “morreu por engano”. Por outro lado, Jon Hopper, médico no hospital onde Buchanan viria a perder a vida, esclareceu que a epinefrina em nada ajudou a escocesa porque esta estava a ter “um ataque cardíaco e precisou de suporte de vida desde o primeiro minuto”.

“Não percebo o que a levou a arriscar desta forma por uma quantidade tão pequena” disse a mãe de Buchanan, Irene Dignon, ao Daily Mail, acrescentando que a filha era “totalmente antidroga”. No entanto, o resultado de uma análise toxicológica revelou que a quantidade de cocaína correspondia ao uso recreacional mas, a benzoilecgonina presente no sistema sanguíneo era excessiva – diz respeito ao produto da transformação da cocaína em metabólito, presente na urina de quem a consumiu, e tem um impacto elevado no sistema cardiovascular.

As autoridades de Manchester concluíram que não existia uma terceira pessoa envolvida na tragédia e que procedimentos posteriores não seriam necessários.