Crescimento na ocupação turística leva a pragas de percevejos nos hotéis portugueses

Pesquisas na Internet por “limpeza de percevejos nos hotéis” registam subida de 300% nos últimos quatro anos

Nos últimos quatro anos, os hotéis e alojamentos turísticos em Portugal registaram um crescimento acentuado na ocupação, o que levou também a que estes espaços sejam as principais vítimas de pragas de percevejos. Só desde 2015, as empresas hoteleiras nacionais gastaram mais 474% para controlar estas pragas, de acordo com os dados da Rentokil Initial Portugal.

Em comunicado, a empresa revela que, em média, as empresas hoteleiras gastaram 2.300 euros por unidade e por ano na contratação de empresas para controlar e tratar as infestações por percevejos das camas.

Segundo a mesma nota, nos últimos quatro anos, registou-se ainda uma subida de 300% nas pesquisas com a expressão-chave “limpeza de percevejos nos hotéis”.

“Até ao ano 2000 apenas 25% das empresas de controlo de pragas haviam realizado tratamento de percevejos e a partir de 2015 cerca de 99,6% das empresas inquiridas registaram pedidos de tratamento de percevejos em residências e empresas nos últimos 12 meses. Os percevejos são considerados neste momento pelas empresas de controlo de pragas o inimigo público nº 1 dos seus clientes do setor turístico”, realça a Rentokil Initial Portugal.

A empresa explica ainda que o crescimento acentuado na ocupação cria as condições ideais para a proliferação dos percevejos, uma vez que “os voos baratos e o alojamento local aumentaram as possibilidades de viagem e estadia para uma pluralidade de tipologias de clientes, muitos deles menos atentos a esta ‘ameaça’”.

“Por outro lado, a fortíssima dinâmica de crescimento das soluções de alojamento local operadas por particulares não especializados em gestão turística motivou a entrada nesta atividade de milhares de proprietários pouco sensibilizados para as questões de saúde e de reputação implicadas nas pragas de percevejos”, conclui o comunicado.