Estas são as quatro regiões mais desenvolvidas do país

Dados do INE relativos ao Índice Sintético de Desenvolvimento Regional 

Estas são as quatro regiões mais desenvolvidas do país

Segundo dados do Índice Sintético de Desenvolvimento Regional (ISDR), divulgado esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, Cávado e Região de Aveiro foram, em 2017, as quatro das 25 sub-regiões que superaram a média nacional.

Este Índice baseia-se em três critérios: competitividade, coesão e qualidade ambiental.

O primeiro ponto “pretende captar o potencial (em termos de recursos humanos e de infraestruturas físicas) de cada região em termos de competitividade, assim como o grau de eficiência na trajetória seguida (medido pelos perfis educacional, profissional, empresarial e produtivo) e, ainda, a eficácia na criação de riqueza e na capacidade demonstrada pelo tecido empresarial para competir no contexto internacional”, explica o INE. Tendo em conta estes parâmetros, em 2017, as regiões que têm um índice de competitividade mais elevado encontram-se todas no litoral. A Área Metropolitana de Lisboa surge em primeiro lugar, seguida pela Região de Aveiro, Área Metropolitana do Porto e Alentejo Litoral. Estas eram as quatro sub-regiões que superavam a média nacional. “Entre as três componentes do desenvolvimento regional, o índice de competitividade apresentava a maior disparidade regional”, explica o INE.

Quanto ao índice de coesão, o objetivo é “refletir o acesso potencial da população a equipamentos e serviços coletivos básicos (saúde, educação, cultura), bem como perfis associados a uma maior inclusão social e a eficácia das políticas públicas traduzida no aumento da qualidade de vida e na redução das disparidades territoriais”, refe o instituto. Aqui, os resultados são mais equilibrados, com oito das 25 sub-regiões a superar a média nacional: Área Metropolitana de Lisboa, Cávado, Região de Coimbra, Região de Aveiro, Área Metropolitana do Porto, Região de Leiria, Alentejo Central e Alto Minho.

O terceiro critério é o índice de qualidade ambiental, associada “às pressões exercidas sobre o meio ambiente e território, mas também aos respetivos efeitos sobre o estado ambiental (qualidade da água, do ar e utilização eficiente de energia) e às respostas em termos de comportamentos individuais e de implementação de políticas públicas”, explica o INE.  Este é o critério em que se observa uma menor disparidade, já que 14 sub-regiões ultrapassam a média nacional: Terras de Trás-os-Montes, Beira Baixa, Região Autónoma da Madeira, Alto Alentejo, Região Autónoma dos Açores, Beiras e Serra da Estrela, Baixo Alentejo, Douro, Tâmega e Sousa, Ave, Alto Minho, Alentejo Central, Cávado e Lezíria do Tejo.

Analisando estes três pontos, apenas as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, Cávado e Região de Aveiro superaram a média nacional do Índice Sintético de Desenvolvimento Regional (ISDR). “Em 2017, as quatro sub-regiões que se situavam acima da média nacional no índice sintético de desenvolvimento regional partilhavam a característica de estarem aquém daquele referencial em, pelo menos, um dos três índices parciais: por um lado, a Região de Aveiro e as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto não superavam a média nacional na qualidade ambiental; por outro lado, o Cávado não atingia a média nacional na competitividade”, explica o INE.

“Tendo em consideração a série disponível do ISDR (2011-2017) no ano de 2012 verificou-se o menor nível de disparidade inter-regional no índice de competitividade e de coesão; enquanto no caso do índice de qualidade ambiental esta situação ocorreu em 2011. O maior nível de disparidade observou-se em 2015 nos índices de coesão e de qualidade ambiental e, em 2017, no índice de competitividade”, acrescenta o instituto.