Autarca do CDS detido por burlas de milhões

A PJ de Braga deteve um autarca e um dirigente empresarial, em Ponte de Lima, devido a alegados crimes de associação criminosa e burlas, que totalizam já mais de um milhão e meio de euros, distrito de Viana do Castelo, mas que poderão ascender dez vezes mais.

O presidente da Associação Empresarial de Ponte de Lima, António Lima, assim como o presidente da Junta de Freguesia de Ribeira (Ponte de Lima), Ricardo Pimenta (CDS/PP), são os principais arguidos entre os quatro suspeitos que durante a tarde desta quinta-feira serão apresentados ao juiz de instrução criminal de Viana do Castelo, por alegadas burlas qualificadas, associação criminosa, falsificação de documentos e abuso de confiança, salientou o coordenador de investigação criminal da PJ de Braga, António Gomes (foto).

O Departamento de Investigação Criminal de Braga da PJ, em cumprimento de mandados de detenção emitidos pelo Ministério Público de Viana do Castelo, realizou as detenções dos quatro suspeitos, com idades entre 37 e 55 anos, todas relacionadas com as atividades ilícitas que foram desenvolvendo quando faziam promoção bancária e a coberto da qual terão praticado os crimes imputados, causando prejuízos a clientes de um banco alemão, o Deutsche Bank, das entretanto extintas dependências bancárias, de Ponte de Lima e de Viana do Castelo, que ascendem para já a pelo menos mais de um milhão e 600 mil euros.

Segundo o responsável pela Polícia Judiciária de Braga, António Gomes, “da realização de treze buscas resultou a apreensão de seis viaturas de gama alta, dinheiro e vasta prova documental e digital”, estando as investigações criminais já numa fase muito adiantada e além dos atuais oito queixosos, o número poderá ser de cerca de dez vezes superior, em geral pessoas com pouca instrução escolar, grande parte antigos emigrantes que voltaram à região do Alto Minho e entregavam o dinheiro aos então promotores bancários, a fim de fazer render as suas poupanças, mas ficavam apenas com documentos falsificados em que simulavam haver depósitos no Deutsche Bank , mas o dinheiro seria para os suspeitos.