Governo acusa comissão executiva da TAP de quebrar “relação de confiança”

O Estado tem controlo sobre 50% do capital da TAP 

O Governo já reagiu à atribuição de prémios na TAP em ano de prejuízo e acusou a Comissão Executiva da empresa de quebrar a “relação de confiança” com o Estado português.

“O ministério das Infraestruturas e da Habitação discorda da política de atribuição de prémios, num ano de prejuízos, a um grupo restrito de trabalhadores e sem ter sido dado conhecimento prévio ao Conselho de Administração da TAP da atribuição dos prémios e dos critérios subjacentes a essa atribuição, não se revendo na conduta da Comissão Executiva que agiu em desrespeito dos deveres de colaboração institucional que lhe são conferidos”, começa por referir um comunicado do ministério das Infraestruturas e da Habitação. 

A atribuição destes prémios"constitui uma quebra da relação de confiança entre a Comissão Executiva e o maior acionista da TAP, o Estado português", refere a nota da tutela de Pedro Nuno Santos.

No mesmo comunicado, o Governo confirma a reunião extraordinária convocada pelos seis membros da administração da empresa nomeados pelo Estado.

“O Governo solicitou a convocatória, com carácter de urgência, de uma reunião do Conselho de Administração para esclarecimento de todo o processo e para análise do dever de informação a que estão obrigados nos termos do acordo parassocial e nos termos da legislação em vigor”, lê-se.

Recorde-se que, em 2018, a TAP distribuiu prémios no valor de 1,17 milhões de euros num ano em que registou um prejuízo de 118 milhões de euros.

O Estado tem controlo sobre 50% do capital da TAP e fazem parte da administração: Miguel Frasquilho, António Gomes Menezes, Ana Pinho, Bernardo Trindade, Diogo Lacerda Machado e Esmeralda Dourado.

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