Câmara reprova prospeção de lítio em Vieira do Minho

Durante esta quinta-feira que através de “reunião de Câmara, aprovamos a rejeição de exploração de minerais, nomeadamente, de lítio em Vieira do Minho”

A Câmara Municipal de Vieira do Minho reprovou a prospeção de lítio naquele concelho do interior do distrito de Braga, uma decisão considerada corajosa e do inteiro agrado das populações locais, já que temiam a exploração das usas terras e dos recursos naturais.

O Executivo presidido pelo autarca social-democrata António Cardoso anunciou durante esta quinta-feira que através de “reunião de Câmara, aprovamos a rejeição de exploração de minerais, nomeadamente, de lítio em Vieira do Minho”, isto depois de “o Município de Vieira do Minho, apesar de ter solicitado já explicação à Direção Geral de Energia e Geologia, relativa ao assunto, apenas hoje recebeu informações da Direção Geral sobre a exploração de lítio no concelho”.

“Face ao exposto, o Município de Vieira do Minho encetará todos os esforços no sentido de preservar os seus recursos, bem como o meio ambiente do nosso concelho”, segundo a autarquia vieirense.

A decisão da autarquia vieirense sucede num momento em que por toda a região do Minho e de Trás-os-Montes existe uma grande revolta popular contra a prospeção e consequente exploração de lítio nas suas próprias localidades, a mais enérgica das quais se verifica em Morgade, no concelho de Montalegre, levando mesmo ao boicote eleitoral e outras ações, com o presidente da Câmara de Montalegre, Orlando Alves, também contra a exploração.

No Alto Minho também existem movimentos ativos de cidadãos, porque inclusivamente já se está a tentar explorar lítio em zonas confinantes com o próprio Parque Nacional da Peneda-Gerês, que vai de Melgaço a Montalegre, passando por Arcos de Valdevez, Ponte da Barca e Terras de Bouro, já nos distritos de Viana do Castelo, de Braga e de Vila Real, queixando-se “estar a tentar ser enganados por gente sem escrúpulos, que quer arrancar o lítio das nossas terras, enriquecer à nossa cista e deixar as populações ainda mais pobres”.