Queda de aeronave em Leiria faz dois mortos

A queda da aeronave provocou, posteriormente, um incêndio numa zona de mato, onde caiu a avioneta, que acabou por ser extinto por volta das 18h30.

Durante a tarde de ontem, a queda de uma aeronave no aeródromo José Ferrinho, em Leiria, causou a morte aos dois ocupantes. De acordo com a informação avançada ao i por fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria, o alerta foi dado pelas 16h58 e foram de imediato deslocados para o local nove veículos e 23 operacionais – entre bombeiros, Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e PSP.

A queda da aeronave provocou, posteriormente, um incêndio numa zona de mato, onde caiu a avioneta, que acabou por ser extinto por volta das 18h30.

No local, segundo informações avançadas pelo CDOS de Leiria, as duas vítimas mortais – um homem de 67 anos e outro de 41 anos – foram encontradas carbonizadas. Os dois ocupantes da aeronave eram instrutor de pilotagem e aluno e “estavam a fazer um voo de rotina”, avançou o CDOS. Ao jornal Região de Leiria, Nelson Oliveira, presidente da direção do aero clube, confirmou que o instrutor era natural de Porto de Mós e o outro ocupante – também piloto – era de Aveiro.

O aeródromo José Ferrinho situa-se entre Leiria e Figueira da Foz, na estrada nacional 109 e, até ao final do dia de ontem, este percurso manteve-se cortado.

Até ao fecho desta edição, ainda não tinham sido apuradas as causas do acidente que provocou a morte a duas pessoas.

dez acidentes em dois anos Este acidente não é caso isolado e é já o segundo este ano. O último acidente registado aconteceu em março, na zona de Varge, Bragança, e provocou a morte aos dois ocupantes – um jovem piloto da TAP e um conhecido empresário de Bragança, também piloto.

Só no ano passado registaram-se três acidentes com aeronaves em território nacional. No final de 2018, a 15 de dezembro, um helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica caiu na zona de Valongo, distrito do Porto, e causou a morte aos quatro ocupantes. Na altura, as questões de visibilidade, de segurança e de capacidade de resposta foram analisadas, mas o relatório final ainda não foi divulgado. Recorde-se que foram precisas cerca de sete horas para localizar os destroços do helicóptero do INEM e duas horas para que uma equipa fosse mobilizada até ao local.

Em Ponte de Sor, Portalegre, também a queda de um avião ligeiro de instrução provocou a morte ao piloto que dirigia o aparelho – um paquistanês de 20 anos. Mais a sul, em Portimão, um homem de 49 anos morreu na sequência da queda de um paramotor.

Em 2017 registaram-se mais casos – um total de cinco. Um dos acidentes mais mediáticos aconteceu na Costa da Caparica, em Almada, quando um piloto foi obrigado a fazer uma aterragem de emergência em plena praia – e em época balnear –, provocando a morte a um homem e uma criança – ambos atingidos pela aeronave.

Também o ano de 2015 ficou marcado por este tipo de acidentes – foram cerca de 13 – e em todos se registaram vítimas mortais.