Um ex-oficial do governo, quatro polícias e um menor de idade foram condenados esta segunda-feira por terem violado, torturado e assassinado uma menina muçulmana de oito anos.
A vítima foi encontrada numa floresta perto da cidade de Kathua em janeiro de 2018, depois de estar três semanas desaparecida. A investigação defende que a menina foi mantida inconsciente durante dias e “violada, torturada e depois assassinada”.
Sanjhi Ram, um polícia reformado de 60 anos foi acusado de planear o crime com a ajuda de outros três policias, Surinder Verma, Anand Dutta, Tilak Raj e Deepak Khajuria. Os homens queriam aterrorizar a tribo da menor – conhecida como Gujjars – e obriga-los a partir daquele local.
Uma corresponde da BBC na Índia, Geeta Pandey viajou até à cidade da vítima para informar a sua familía sobre o veredicto e diz que a mãe da menina “começou a chorar e abençoou-me por ser portadora de boas notícias”.
Segundo Pandey, a família não teve possibilidade de ouvir o veredicto pessoalmente devido à falta de dinheiro para viajar para a cidade onde ia ocorrer o julgamento.
A irmã mais velha da menina, que tem 15 anos confessou à correspondente que as raparigas da tribo vivem com "medo constante dos homens hindus" e nunca saem de casa a menos que sejam acompanhadas por um membro mais velho da família.