Jovem de 21 anos, ‘caçador de pedófilos’, guardava 1700 imagens de pornografia infantil

O juiz Paul Glenn, citado pelo Stoke Sentinel, avançou que não aceita que a doença de Battisson constitua o móbil para a conduta demonstrada, pois o inglês “parece compreender que as fotografias retratavam crianças reais que estavam a ser abusadas e que terão, para sempre, sequelas devido ao entretenimento de pessoas que acediam aos conteúdos”.

Cameron Battisson, de 21 anos, autodenominava-se por ‘caçador de pedófilos’. Contudo, foi detido, na sua habitação em Stoke-on-Trent, no Reino Unido, por ter em sua posse 1700 imagens de pornografia infantil – de acordo com as autoridades, 697 enquadram-se na categoria A (a mais grave), 500 na B e 500 na C. Segundo o The Mirror, o jovem acedia a “sites doentios” para descobrir a identidade de abusadores sexuais, contudo, sentiu-se progressivamente “atraído por aquilo que via”.

O computador portátil e o telemóvel do suspeito foram apreendidos, numa rusga efetuada em julho de 2017, segundo o procurador William Donnelly citado pelo órgão de comunicação anteriormente mencionado. Por outro lado, Hamish Noble, advogado de defesa de Battisson, explicou que o mesmo “foi diagnosticado com autismo em 2011 e tem dificuldades de aprendizagem”. Para o profissional, o jovem “estava online e esqueceu-se rapidamente dos motivos que o levaram a frequentar sites de pedofilia”, sendo que se tornou “insensível”.

Importa referir que o arguido trabalhava numa loja de animais e foi despedido devido a estas acusações. No entanto, após receber o subsídio de desemprego durante vários meses, em junho do ano passado, obteve um emprego numa companhia que se dedica aos serviços ambientais. Conforme o Daily Mail noticiou, “o jovem está atualmente obcecado pela manutenção do jardim dos pais”, tentando afastar-se da controvérsia gerada pelo caso em que está envolvido.

O juiz Paul Glenn, citado pelo Stoke Sentinel, avançou que não aceita que a doença de Battisson constitua o móbil para a conduta demonstrada, pois o inglês “parece compreender que as fotografias retratavam crianças reais que estavam a ser abusadas e que terão, para sempre, sequelas devido ao entretenimento de pessoas que acediam aos conteúdos”.

Sublinhe-se que as imagens eram partilhadas com outros indivíduos. Battisson declarou-se culpado dos crimes de posse de fotografias de cariz erótico de crianças e da distribuição das mesmas. O homem foi condenado a três anos de trabalho comunitário, está sujeito a uma ordem de restrição sexual por eventuais danos – ou seja, os magistrados declararam que o rapaz constitui um perigo para a comunidade “em termos do público geral ou de um grupo específico”, como se pode ler no site oficial do governo britânico – e também terá de pagar 300 libras (aproximadamente, 337 euros) de custos judiciais.