Dois altos funcionários do Pingo Doce detidos por corrupção e branqueamento de capitais

A Operação Rappel teve início nesta quarta-feira, na zona da Grande Lisboa e foram realizadas 18 buscas.

No âmbito da Operação Rappel, a Polícia Judiciária (PJ) deteve quatro pessoas por corrupção passiva e ativa no setor privado bem como por branqueamento de capitais. De acordo com um comunicado da PJ a que o SOL teve acesso, “as suspeitas da prática delituosa foram denunciadas pela entidade privada, empregadora de alguns dos detidos, que colaborou amplamente com a investigação”.

A entidade em causa, de acordo com a TVI, é a Jerónimo Martins, detentora da cadeia de supermercados Pingo Doce. Esta quarta-feira foram realizadas 18 buscas, apreendidas viaturas de gama alta, vários documentos, “material informático, outro material relacionado com a prática da atividade criminosa e ainda cerca de 400 mil euros em numerário”, pode concluir-se no mesmo documento da organização policial.

Segundo a estação de Queluz de Baixo, os dois funcionários suspeitos por corrupção passiva receberam mais de um milhão de euros “em subornos de uma empresa de fornecimento à qual era dada prioridade para a compra de peixe fresco para os supermercados Pingo Doce, em detrimento de concorrentes com propostas mais competitivas, lesando financeiramente a Jerónimo Martins”.

Os suspeitos, três homens e uma mulher com idades compreendidas entre os 40 e os 65 anos, foram detidos através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) e sublinhe-se também que foram constituídos mais seis arguidos, que serão presentes às “autoridades judiciárias competentes para interrogatório e aplicação de medidas de coação”.