Futsal. Leão põe as garras de fora e leva a negra para a Luz

Os campeões europeus conseguiram levar o jogo 4 para o prolongamento a 30 segundos do fim. Aí, acabaram por vencer por 5-3

Vai ser mesmo até à última. No jogo 4 da final do campeonato nacional de futsal, o Sporting fez valer o fator casa e bateu o Benfica (5-3 após prolongamento), voltando a empatar a série (2-2) e adiando a decisão do campeão para o próximo domingo, no Pavilhão da Luz. Os encarnados estiveram muito próximos de sair campeões do Pavilhão João Rocha – estavam em vantagem a dois minutos do fim do tempo regulamentar -, mas os campeões europeus conseguiram empatar nos últimos segundos e revelaram-se depois mais fortes no prolongamento.

Mesmo sem poder contar com Dieguinho, castigado, e Cardinal, por lesão, o Sporting adiantou-se no marcador aos seis minutos, por intermédio de Léo Jaguará, e já depois de um remate de Rocha à trave. O Benfica reagiu e chegou ao empate na sequência de uma grande penalidade cometida por Pedro Cary (expulso) sobre Fernandinho. Na transformação, André Coelho fez o 1-1.

Num João Rocha a transbordar de emoção, os sportinguistas galvanizaram-se e voltaram a ficar em vantagem antes do intervalo, mercê de uma bomba de Merlim. Nos últimos instantes da primeira parte, com as duas equipas já no limite das cinco faltas, o conjunto orientado por Nuno Dias ainda beneficiou de dois livres diretos e um penálti, mas o jovem André Correia saltou do banco encarnado para defender os remates de Merlim, Léo e Rocha.

O Benfica regressou dos balneários com uma dinâmica totalmente diferente e voltou a empatar o jogo decorridos quatro minutos da segunda parte, com Chaguinha a desviar para golo um remate fortíssimo de André Coelho. Seguiu-se nova bola na trave da baliza encarnada, agora atirada por Merlim, até que chegou o golo de Fábio Cecílio, numa transição rápida.

As águias ficavam pela primeira vez em vantagem, a pouco mais de dois minutos para o final, e a tensão escalava, com a polícia a ter de entrar no recinto depois de uma chuva de objetos para o campo e da retirada da rede protetora. Quando o jogo foi retomado, Merlim foi para guarda-redes-avançado, o Sporting carregou e o tão desejado golo viria mesmo a surgir a 30 segundos do fim, por Rocha.

Faltavam jogar dez minutos, os do prolongamento, e agora a vantagem anímica era claramente da equipa da casa. Não estranhou, por isso, que o campeão europeu tivesse marcado dois golos de rajada: logo aos dois minutos por Rocha, na recarga depois de mais uma defesa de André Correia num livre direto, e no minuto seguinte por Pany Varela, a concluir uma transição rápida.

Os três minutos da primeira parte, mais cinco da segunda, que se seguiram foram de gestão pura por parte dos leões. No final da partida do passado domingo, Nuno Dias havia demonstrado toda a confiança na reviravolta, frisando que o Sporting ia vencer no João Rocha e decidir o título (que pode ser o quarto consecutivo) na Luz. Teremos adivinho?