Título de futsal vai decidir-se na negra

O Sporting ganhou o jogo 4 no Pavilhão João Rocha (5-3 após prolongamento) e adiou a questão do título nacional para domingo, na Luz.

O campeão nacional de futsal 2018/19 só será conhecido este domingo. O Benfica tinha oportunidade de fechar o título na passada quinta-feira, no jogo 4, disputado no Pavilhão João Rocha, mas acabou superado por um Sporting galvanizado pelo forte apoio dos seus adeptos: os leões venceram por 5-3 (após prolongamento), voltaram a empatar a série (2-2) e adiaram a decisão por mais três dias, agora no Pavilhão da Luz.

Os encarnados estiveram mesmo muito perto de poder fazer a festa, com o golo apontado por Fábio Cecílio a dois minutos do fim dos 40 regulamentares. Era o 2-3 para as águias, depois de uma segunda parte com sinal mais (Chaguinha já havia marcado logo a abrir), ao contrário do que havia acontecido no primeiro período, de maior domínio verde-e-branco – ao intervalo, de resto, os leões (privados de Dieguinho, castigado, e Cardinal, por lesão) venciam por 2-1, mercê dos golos de Léo Jaguará e Merlim (André Coelho, de penálti, fez o tento encarnado).

A partida esteve interrompida durante alguns minutos após o golo de Fábio Cecílio, com a polícia a ter mesmo de entrar no recinto depois de uma chuva de objetos no campo e da retirada da rede protetora. Quando foi retomada, Merlim passou para guarda-redes-avançado, o Sporting carregou e o tão procurado golo surgiu a 30 segundos do fim, por Rocha.

Demonstração de força do campeão europeu, que voltava a sonhar com a conquista do inédito tetracampeonato nacional. Aos dois minutos do prolongamento, Rocha bateu André Correia na recarga a um livre direto e pôs o Sporting na frente; apenas um minuto depois, Pany Varela selou uma transição rápida com o 5-3, que não mais se viria a alterar até final.

Estava transformada em realidade a premonição de Nuno Dias, técnico dos leões, do passado domingo (após perder o jogo 3 na Luz, prometeu voltar dentro de uma semana para a decisão do título, numa demonstração de total confiança na sua equipa para o jogo 4). 

«Este foi o jogo mais desequilibrado das finais. Fomos claramente melhores e nem merecíamos ir para prolongamento, quanto mais estar a perder nos 40 minutos», referiu no fim do encontro, Joel Rocha, técnico encarnado, queixando-se da arbitragem: «Fomos sendo empurrados para a nossa baliza. O futsal português merece mais e melhor».