Reclusos receberam mais de 6500 visitas para contactos sexuais no ano passado

Esta terça-feira, instalações para visitas íntimas foram inauguradas na cadeia da Guarda.

Foram mais de 6500 as visitas íntimas para contactos sexuais realizadas nas prisões portuguesas em 2018.

De acordo com dados oficias da Direção-Geral dos Serviços prisionais (DGS), citados pelo Correio da Manhã, no ano passado realizaram-se 6535 visitas para contactos sexuais nas prisões do país entre os reclusos e os respetivos cônjuges ou companheiros.

Segundo o mesmo jornal, grande parte das visitas (5501) ocorreram nas prisões já equipadas com os quartos destinados a este propósito. Outras 735 visitas realizaram-se com uma autorização dos diretores das cadeias e deram permissão ao recluso para deslocação ao estabelecimento prisional mais próximo com a referida infraestrutura.

O decreto-lei, aprovado em 2011, permite que os reclusos recebam uma visita íntima por mês. Os presos têm de ter mais de 18 anos, serem casados ou viverem em união de facto/namoro e terem cumprido tempo suficiente de pena para saídas precárias, sendo que só é autorizado se o recluso não tiver precárias há seis meses.

Cada visita tem a duração de três horas, é distribuído um kit com dois preservativos e toalhetes de limpeza e os reclusos têm de garantir toda a roupa como lençóis, cobertores ou toalhas. Durante a visita, pelo menos um guarda prisional fica à porta sem poder entrar.

O contacto sexual é também permitido entre casais de presos.

A medida surgiu pela ex-ministra da Justiça Paula Teixeira da Cruz e nos últimos quatro anos, a atual ministra Francisca Van Dunem inaugurou a instalação de quartos para visitas íntimas de nove cadeias. Atualmente estas infraestruturas existem em 20 das 49 cadeias de Portugal.

Esta terça-feira, as instalações para visitas íntimas foram inauguradas na cadeia da Guarda.