Mãe mata filhas de 3 anos e 17 meses porque impediam encontros sexuais

“Os anjos da mamã que me foram retirados demasiado cedo. Nunca serão esquecidas. Descansem em paz” escreveu Porton numa publicação, de novembro último, no Facebook

Louise Porton, de 23 anos, está acusada de ter assassinado as filhas no ano passado. Lexi Draper, de três anos e Scarlett Vaughan, de 17 meses, perderam a vida, no ano passado, com apenas 18 dias de diferença. A jovem, natural de Rugby, cidade no Reino Unido, está indiciada de ter matado as crianças porque estas constituíam um obstáculo na sua carreira sexual.

De acordo com o site Birmingham Live, Porton sufocou a filha mais velha e matou posteriormente Scarlett. Ao órgão de informação anteriormente mencionado, uma amiga da alegada criminosa explicou que a rapariga, que trabalhava como modelo em part-time, “fazia tudo para não tomar conta das meninas”. As autoridades britânicas concluíram que, dias antes da primeira tragédia, Porton conheceu vários homens num site de encontros, enviou-lhes fotografias explícitas e recebeu propostas: a maioria pedia que se encontrassem para praticar atos sexuais a troco de dinheiro para financiar o seu gosto por compras.

Apesar de negar os homicídios, o tribunal de Birmingham afirmou que a inglesa enviou uma fotografia, de tronco nu, a partir de uma casa de banho de um hospital enquanto Lexi estava a ser socorrida pelos médicos. Para além disso, trocou mais de 80 mensagens com um segurança da mesma unidade de saúde. Contudo, a ação mais perturbadora é mesmo a pesquisa que Porton realizou na Internet: “quanto tempo demora até um cadáver ficar frio?” e “cinco coisas estranhas que acontecem quando morremos”.

De acordo com o procurador Oliver Saxby, não existem “razões naturais” para as menores terem morrido. “A Lexi e a Sacarlett morreram porque alguém interferiu deliberadamente na sua respiração. As meninas estavam ‘no meio’ daquilo que ela queria fazer e com quem o fazia” acrescentou o profissional. Segundo os membros do júri, a suposta criminosa não “demonstrou quaisquer emoções” após a perda das filhas.

A verdade é que tentou ocultar aquilo que fez: a 2 de janeiro, levou Lexi ao hospital explicando que a mesma tinha desmaiado e, duas semanas depois, contactou as autoridades afirmando que esta parecia estar a dormir há demasiado tempo e, por outro lado, simulou acordar Scarlett, a 1 de fevereiro, ainda que soubesse que a menina já não estava viva.

“A reação que ela teve não é a de uma mãe inocente que se depara com o luto de forma inesperada” adiantou Saxby, avançando que, aquando da morte de Scarlett, os membros dos serviços de emergência concluíram que a menina estava morta “há algum tempo”.

"Os anjos da mamã que me foram retirados demasiado cedo. Nunca serão esquecidas. Descansem em paz" escreveu Porton numa publicação, de novembro último, no Facebook. O julgamento prossegue, no entanto, a mãe deixou claro que as filhas nunca foram “um incómodo” porque “geria o quotidiano em função delas”.