Coletes Amarelos. Protestos custaram o equivalente a 0,1% do PIB francês

Protestos começaram em outubro de 2018

Um relatório parlamentar apresnetado esta quarta-feira em Paris revela que os protestos dos coletes amarelos tiveram um custo económico equivalente a uma décima do Produto Interno Bruto (PIB) francês.

O documento frisa que estes protestos tiveram repercussões sociais e políticas cujas consequências ainda não se podem avaliar. “Esta perspetiva macroeconómica está longe de refletir a amplitude das repercussões (do movimento)”, refere o relatório, citado pela imprensa francesa.

O turismo foi o setor mais prejudicado por estas manifestações, com perdas a rondar os 850 milhões de euros. Nesta área estão incluídos hotéis, restaurantes e cafés.

O relatório, elaborado por 16 deputados e promovido por Roland Lescure, presidente da Comissão dos Assuntos Económicos da Assembleia Nacional francesa, mostra que também o comércio sofreu com estes protestos: estima-se que tenha havido uma redução nas receitas entre 20 a 30% nas lojas afetadas. Recorde-se que um relatório do Senado francês, apresentado em junho, já tinha referido que as companhias de seguros tiveram de pagar 217 milhões de euros a compensações, a maioria a comerciantes.

O documento fala ainda nos prejuízos com horas extraordinárias das autoridades policiais, num total de 46 milhões de euros.

Recorde-se que os protestos dos coletes amarelos começaram em Paris, de forma espontânea, em outubro de 2018, espalhando-se para outras cidades europeias. As manifestações reuniram milhares de pessoas que se diziam incoformadas com o aumento dos preços dos combustíveis, o custo de vida elesvado e as desigualdades económicas em França. Na maioria dos casos, os protestos acabaram por subir de tom e foram contabilizados inúmeros episódios de violências e estragos nos espaços públicos.