Governo prepara rede de abastecimento de combustíveis em caso de greve

A nova greve está marcada para o dia 12 de agosto por tempo indeterminado e surge da vontade dos motoristas em ver o novo Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) para o setor, que prevê um aumento do salário base de 100 euros nos próximos três anos, aprovado. Até ao documento entrar em vigor, os motoristas ameaçam não…

O secretário de Estado da Energia, João Galamba, declarou que “uma rede de abastecimento de emergência” de combustíveis está a ser criada, com um mês de antecedência, para impedir que a greve dos camionistas, marcada para dia 12 de agosto, cause perturbações e que os serviços mínimos sejam cumpridos.

“Se acontecer algo semelhante ao que aconteceu na última greve teremos no terreno um dispositivo que identifica os abastecimentos prioritários, os postos que têm de ser abastecidos, os circuitos que abastecem esses postos, bem como depois a necessidade de motoristas que garantam esses abastecimentos. Iremos definir os serviços mínimos e esperamos que sejam cumpridos, mas se não forem temos medidas alternativas”, anunciou João Galamba numa entrevista ao Dinheiro Vivo e à rádio TSF.

O secretário de Estado da Energia declara que existe uma "‘task force’ especial a ser criada pela “Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE), com procedimentos internos por parte da sua própria rede de emergência de postos de abastecimento (REPA), que depois se articula com as forças de segurança para a operacionalização da rede alternativa”.

João Galamba garantiu ainda que, mesmo na região do Algarve, onde o gás natural não chega por gasoduto, estão a ser criadas "condições".  "Há locais de abastecimento de gás no Algarve que são prioritários e estão incluídos na rede de emergência que referi. Mesmo num cenário de greve e quebra dos serviços mínimos, esse abastecimento e os consumos na região estão garantidos”, indicou.

A nova greve está marcada para o dia 12 de agosto por tempo indeterminado e surge da vontade dos motoristas em ver o novo Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) para o setor, que prevê um aumento do salário base de 100 euros nos próximos três anos, aprovado. Até ao documento entrar em vigor, os motoristas ameaçam não levantar a greve.

O pré-aviso de greve dos sindicatos Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e Independente dos Motoristas de Mercadorias propõe serviços mínimos de 25% em todo o território nacional. Na greve anterior, os motoristas garantiram 40% em Lisboa e no Porto.